Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A "CRISE" E A INEVITÁVEL CAMISA DE FORÇAS



Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos (JP. Sartre)

Para a CGTP os planos do Governo são "um tiro no porta-aviões", que levará o país "para o fundo". "As medidas não criam emprego, pelo contrário aumentam a sua destruição e levarão à recessão" da economia portuguesa, frisou ontem de manhã Carvalho da Silva, líder da CGTP.
Evocar o patriotismo, a propósito e em defesa dum conjunto de medidas altamente penalizadoras para os mais desprotegidos da sociedade, reporta-nos para um odioso período histórico que ainda está bem presente na memória colectiva.
Depois, exige-se a forças politicas  ostracizadas pelo Poder, e situadas na margem esquerda que, em nome de uma qualquer abstracção, se rendam aos encantos dum pacote de medidas elaborado a reboque das Agências Financeiras Internacionais (leia-se dos EUA), da UE e do FMI
Recordo Mészáros: Num momento de grande contraste entre as promessas do passado e as condições realmente existentes, o que está em jogo é o “fenecimento do Estado”, uma vez que, apesar de dominar o parlamento, o capital é uma força “extraparlamentar por excelência”.
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