Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 14 de maio de 2011

OITO PROPOSTAS URGENTES PARA UMA OUTRA EUROPA

OITO PROPOSTAS PARA REDUÇÃO DA CRISE.IMAGEMpdf

A crise abalou a União Europeia nos seus alicerces. O laço da dívida fechou-se sobre vários países que estão agora presos pelo pescoço pelos mercados financeiros. Com a cumplicidade activa dos governos no poder, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, as instituições financeiras por detrás da crise enriquecem, especulando sobre as dívidas dos Estados. Os empregadores aproveitam-se da situação para lançar uma ofensiva brutal contra uma série de direitos sociais e económicos da maioria da população…

..A redução radical da dívida pública é uma condição necessária mas não suficiente para tirar da crise os países da União Europeia. Deve ser complementada por uma série de medidas de grande alcance em vários domínios.

1.      Realizar uma auditoria da dívida pública a fim de anular a parte ilegítima.

2.      Parar os planos de austeridade, pois são injustos e aprofundam a crise.

3.      Estabelecer uma verdadeira justiça fiscal europeia e uma redistribuição justa da riqueza. Proibir as transacções com paraísos fiscais e legais. Lutar contra a fraude fiscal em massa das grandes empresas e dos mais ricos.

4.      Regular os mercados financeiros, nomeadamente através da criação de um cadastro de detentores de títulos, da proibição de vendas a descoberto e da especulação numa série de áreas. Criar uma agência pública europeia de avaliação.

5.      Transferir sob controlo dos cidadãos os bancos para o sector público.

6.      Socializar as numerosas empresas e serviços privatizados desde 1980.

7.      Reduzir drasticamente o tempo de trabalho para criar empregos aumentando salários e pensões em paralelo.

8.      Repensar democraticamente uma outra União Europeia baseada na solidariedade.

por Eric Toussaint

Sem comentários: