Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 6 de junho de 2011

ELEIÇÕES, OPINIÓLOGOS E ALTERNÂNCIA

LEGISLATIVAS
A inevitabilidade da alternância, sustentada por opiniólogos cá da praça, é um subproduto dum marketing tipicamente lusitano desenhado a custos verdadeiramente indecorosos e suportados por um país que definha a olhos vistos.
Os efeitos secundários do receituário neoliberal, sustentáculo dos partidos alternadeiros, aliado aos danos provocados por uma incultura gerada por décadas de repressão, contribui decisivamente para a modorra dum eleitorado aparentemente rebelde.
Os média, particularmente os audiovisuais, fortemente empenhados no derrube e secundarização de forças progressistas e/ou antissistémicas, assumiram zelosamente o papel de vanguarda dos grandes grupos económicos, verdadeiras colónias culturais, e desenvolveram a cruzada a favor da tese alternadeira, braço politico da ideologia do capitalismo financeiro e económico.
Quem nunca assistiu a demonstrações de ironia boçal na adjectivação e no sorriso mordaz a propósito de noticias ou comentários sobre as conhecidas e ostracizadas forças incómodas? As referências à esquerda obedecem a um ritual impregnado de preconceitos primários. Neste domínio, a iliteracia e a parcialidade dos opiniólogos de serviço é, de facto, confrangedora.
A esta colonização deve responder-se com o combate ideológico nomeadamente através do recurso aos media alternativos articulados, ou não, em frentes comuns. È um trabalho a prazo, paciente, determinado e desprendido em oposição ao mercenarismo anticultural

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