PASSOS COELHO E AS CRISES
“Os Estados nacionais estão minados por fora pelas forças financeiras e por dentro pelos cúmplices dessas forças financeiras “(Pierre Bourdieu)
No debate na A.R., a propósito da moção de censura apresentada pelo PCP, Passos Coelho afirmou, sem ruborizar: "É porque nos preocupam os efeitos da crise actual que estamos a fazer tudo para nunca mais termos de passar por outra crise igual".
Esta crise nada tem de nova (nem de novo). Pelo contrário, é endémica, cumulativa, crónica e permanente; e suas manifestações são o desemprego estrutural, a destruição ambiental e as guerras permanentes.
A grande crise económica mundial de 1929 – 1933 se parece com "uma festa no salão de chá do vigário" em comparação com a actual crise financeira. A crise estrutural do sistema do capital como um todo está destinada a piorar consideravelmente. Vai se tornar a certa altura muito mais profunda, no sentido de invadir não apenas o mundo das finanças globais mais ou menos parasitárias, mas também todos os domínios da nossa vida social, económica e cultural. (Confira aqui)
"Quando falamos acerca de uma crise financeira, ela é realmente apenas um sintoma...
Aventureirismo financeiro é essencialmente o que temos estado a testemunhar durante os últimos trinta ou quarenta anos, explodindo de tempos em tempos na forma de crise financeira. O capital especulativo é realmente aventureiro, ele tem de achar de algum modo uma solução para si próprio. E por que é assim? Esta é a questão. É basicamente por causa do capital produtivo super-produzido. O investimento de capital produtivo está em crise profunda. Eis porque tanto dele é divergido para os canais das transacções especulativas e aventureiro-especulativas. Agora, a outra crise... é uma crise política". (Continue a ler aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário