Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 26 de junho de 2012

PASSOS COELHO E AS CRISES

CRISE
“Os Estados nacionais estão minados por fora pelas forças financeiras e por dentro pelos cúmplices dessas  forças financeiras “(Pierre Bourdieu)

No debate na A.R., a propósito da moção de censura apresentada pelo PCP, Passos Coelho afirmou, sem ruborizar: "É porque nos preocupam os efeitos da crise actual que estamos a fazer tudo para nunca mais termos de passar por outra crise igual".

Esta crise nada tem de nova (nem de novo). Pelo contrário, é endémica, cumulativa, crónica e permanente; e suas manifestações são o desemprego estrutural, a destruição ambiental e as guerras permanentes.
A grande crise económica mundial de 1929 – 1933 se parece com "uma festa no salão de chá do vigário" em comparação com a actual crise financeira. A crise estrutural do sistema do capital como um todo está destinada a piorar consideravelmente. Vai se tornar a certa altura muito mais profunda, no sentido de invadir não apenas o mundo das finanças globais mais ou menos parasitárias, mas também todos os domínios da nossa vida social, económica e cultural. (Confira aqui)

"Quando falamos acerca de uma crise financeira, ela é realmente apenas um sintoma...
Aventureirismo financeiro é essencialmente o que temos estado a testemunhar durante os últimos trinta ou quarenta anos, explodindo de tempos em tempos na forma de crise financeira. O capital especulativo é realmente aventureiro, ele tem de achar de algum modo uma solução para si próprio. E por que é assim? Esta é a questão. É basicamente por causa do capital produtivo super-produzido. O investimento de capital produtivo está em crise profunda. Eis porque tanto dele é divergido para os canais das transacções especulativas e aventureiro-especulativas. Agora, a outra crise... é uma crise política". (Continue a ler aqui)

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