Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 5 de junho de 2014

“17 CONTRADIÇÕES E O FIM DO CAPITAL”

O geógrafo e antropólogo David Harvey na apresentação do seu mais recente livro,“17 Contradições e o fim do Capital” alerta: mera denúncia do capitalismo é ineficaz – e pode favorecer saídas de extrema-direita.
As elites globais sentem-se seguras de seu poder. Percebem que faltam alternativas. Há, é certo, muitos protestos. Mas não parecem  passar de uma fase primitiva – a da crítica ao sistema – e evoluir para o que pode de facto ameaçá-lo: a proposição de projectos pós-capitalistas.
Harvey teme, aliás, que os protestos sejam capturados por forças retrógradas e mesmo fascistas, caso não evoluam. Somadas, crise e a falta de perspectivas geram, frisa ele, um ambiente de desesperança mórbida.
Recentemente, Harvey concedeu uma entrevista a Jonathan Derbyshire, da Prospect Magazine  que pode ser lida aqui.

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