Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 5 de outubro de 2014

A PROPÓSITO DO SALÁRIO MÍNIMO




A direita punitiva, escreve Isabel Moreira, desconhece a razão de ser do salário mínimo: o salário mínimo existe por um imperativo de dignidade.
Explicar, como a direita o faz, que o salário mínimo deve estar associado à produtividade nacional, isto é, se aquela baixar para o ano, baixa-se o salário mínimo, é, no mínimo, um não argumento, uma falsa justificação.
Para o Salário Mínimo Nacional ter hoje o mesmo poder de compra que tinha quando foi criado em 1974 era necessário que o valor de 2014 fosse de 584 euros, afirma o economista Eugénio Rosa.
A direita é, por definição imobilista, elitista, conservadora e populista quando convém. A direita desconhece (?) que o salário mínimo não é uma orientação paternalista/assistencialista de Ângela Merkel  da UE ou do FMI e nem, tão-pouco, está associado à produtividade ou aos mercados.
Regressando a Isabel Moreira: “O salário mínimo é isto: a comunidade não admitir que homens e mulheres trabalhem e continuem a ser pobres.

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