Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

IDEOLOGIA DO CONSENSO - O Universo Linguístico do Poder (2)

Segundo número da série  IDEOLOGIA DO CONSENSO - O Universo Linguístico do Poder

Para Eduardo Galeano, o capitalismo exibe o nome artístico de economia de mercado; O imperialismo chama-se globalização e assume a forma de ditadura universal do dinheiro; As vítimas do imperialismo chamam-se países em via de desenvolvimento, que é como chamar meninos aos anões; O oportunismo chama-se pragmatismo; A traição chama-se realismo; Os pobres chamam-se carentes, ou carenciados, ou pessoas de escassos recursos. O direito do patrão de despedir sem indemnização nem explicação chama-se flexibilização laboral. O saque dos fundos públicos pelos políticos corruptos atende ao nome de enriquecimento ilícito.
Não se diz “patronato” mas empreendedores; não se fala mais de demissões, mas de “cortar gorduras”. Para anunciar que o Estado vai demitir milhares de funcionários, evoca-se o cliché “mais Estado, menos Estado”.
Imagem daqui


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