Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

IDEOLOGIA DO CONSENSO(6)


 Sexto número da série
Quanto mais intensa a propaganda neoliberal e quanto mais profunda a crença dogmática, tanto maior o retrocesso social. Nas chamadas Idades da Fé, quando os homens realmente acreditavam na religião cristã em toda a sua inteireza, houve a Inquisição, com as suas torturas; houve milhares de infelizes queimados como feiticeiros — e houve toda a espécie de crueldade praticada sobre toda a espécie de gente, em nome da religião.
Em Portugal, num exercício de apologética do neoliberalismo, ancorado numa demagogia feroz, as figurinhas que se instalaram no governo estão empenhadas em demolir, uma a uma, as conquistas democráticas. Esta gente tem-se revelado duma subserviência canina em relação a Sua Santidade a Troika e à “Virgem” Maria de Merkel.
Recordo o Manifesto Que se Lixe a Troika:
“Para garantir o pagamento de juros de dívida que são um roubo impiedoso, para continuar a salvar bancos e banqueiros, para continuar a alimentar parceiros privados, o FMI propõe mais desemprego, reformas cada vez menos dignas, menos serviço público, maior destruição do SNS e da Escola Pública, mais ruína e mais miséria. E o governo, como bom aliado, tudo tentará fazer para levar à prática estas propostas de ataque e de destruição.”

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