PASSOS COELHO UM NEOLIBERAL DISFARÇADO
Continuo firmemente comprometido com a ideia de um governo
para as pessoas – todas as pessoas, ricas e pobres, estúpidas e inteligentes,
informadas e ignorantes – e com a sua consulta e consentimento (Eric Hobsbawm).
Passos Coelho rejeita as
falsas dicotomias de austeridade e contra- austeridade», e defende também que
«a diferença entre esquerda e direita não é relevante para as escolhas que se
abrem» e acrescenta: 2015 vai ser um ano de viragem económica e
recuperação de rendimentos com um défice historicamente baixo, que rompe com o
passado e abre novas perspectivas de futuro para Portugal.
Ontem, durante o debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, disse que, caso seja reeleito, não vai desistir de aplicar os cortes salariais na Função Pública que, há pouco mais de dois meses, foram rejeitados pelo Tribunal Constitucional.
A reforma do Estado, uma das principais vacas sagradas do discurso neoliberal, continua presente no projecto de políticos subservientes. A repressão tem permitido a reprodução do Poder das oligarquias financeiras. Para o manter não basta a repressão. recordo Napoleão: “Podemos fazer tudo com baionetas menos sentar-nos em cima delas.
No debate do Orçamento de Estado para 2015, Catarina Martins questionou Passos Coelho:
“Como é que pode esbulhar os contribuintes que vivem do seu trabalho desta forma ao mesmo tempo que concede mais borla fiscal sobre os lucros dos grandes grupos económicos?”
De facto, o propósito destes fanáticos é prosseguir a austeridade, o empobrecimento, mesmo que tenha que se atropelar a lei e ignorar o Tribunal Constitucional e prosseguir a política de diminuição do imposto sobre as grandes empresas cavando, assim, o fosso das desigualdades sociais.
Associado a isto, surge a concentração da riqueza, o controle das
tecnologias e dos mercados, a destruição de direitos laborais, a redução
salarial e o aumento do desemprego.
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