Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL
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domingo, 3 de agosto de 2008

RAPOSA SERRA DO SOL: A GUERRA COLONIAL NO SÉCULO XXI

Relatos recentes das comunidades indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol dão conta de incursões naquela área de extensas caravanas de fazendeiros protegidas por batedores armados em motocicletas. Estas caravanas adentram a região e se detém em lagos, cachoeiras e outros lugares sagrados dos povos indígenas, aparentemente para conhecer, filmar e fotografar. Entre os participantes dessas caravanas exploratórias estão os arrozeiros invasores, principalmente seu líder, Paulo César Quartiero.
É importante lembrar que estes invasores andam anunciando planos de ampliação da invasão da terra indígena, tendo Quartiero anunciado, em mais de uma ocasião, que já comprou e milhares de estacas de cerca com o propósito específico de ampliar sua invasão, tão logo seja possível. Também avisou que não vai aceitar um resultado negativo para os seus negócios por parte do Supremo Tribunal Federal. "Vou aceitar ser roubado sem reagir
A disputa pela terra indígena é vista pelos fazendeiros do agronegócio e por seus fiéis aliados políticos ,e militares,como uma continuidade da guerra colonial no Brasil. Trata-se de conseguir voltar a se "reduzir o gentio" em favor da grande empresa económica neocolonialista, permitindo a continuidade da marcha "inexorável" do desenvolvimento capitalista até as últimas fronteiras da região amazónica.
O que os invasores de Raposa Serra do Sol esperam, com sua eventual vitória no Supremo Tribunal Federal, é uma espécie de "atestado" da suprema corte da nação afirmando simbolicamente que os povos indígenas "não possuem a nossa mesma alma nacional, não são confiáveis" e que devemos, portanto, retomar a guerra colonial para a sua redução e dominação definitivas. Tal guerra colonial começaria pelo não reconhecimento de seu território tradicional, base e fonte primeira das sociedades indígenas, de suas memórias, de seus mitos, de suas religiões e de suas culturas.
As diversas caravanas de fazendeiros, tanto no interior como fora da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, anunciam que as "entradas e bandeiras" voltaram, desta vez modernamente motorizadas, partindo das fazendas ilegais de arroz e chegando aos lugares indígenas sagrados, lagos e cachoeiras, determinados a atropelar, na sua passagem, os direitos constitucionais dos povos indígenas do Brasil. Confira aqui

sábado, 24 de maio de 2008

INTERNACIONALIZAÇÃO DO MUNDO



Uma reportagem publicada esta semana no jornal americano "The New York Times" afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país está causando preocupação no Brasil. No texto intitulado "De quem é esta floresta amazônica, afinal?", assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território". O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós".

Questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia, e que esperavam uma resposta dum Humanista e não de um Brasileiro,o senador Cristovam Buarque afirmou:
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro...
O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.
Veja a intervenção senador Cristovam Buarque, neste vídeo


sábado, 17 de maio de 2008

A AMAZÓNIA É BRASILEIRA


Uma das faces do fosso que existe entre os países industrializados e os emergentes é justamente a disparidade das emissões. Enquanto os EUA, por exemplo, emitem 19,7 toneladas de carbono por pessoa/ano, o Brasil tem valores 11 vezes menores, com emissão de 1,7 toneladas por pessoa/ano.
Esta é a grande questão que está subjacente ao debate ambientalista atual. E este é o pretexto, também, para a reiteração de ameaças contra a soberania brasileira sobre a Amazônia, como a que foi renovada na quarta-feira (14) em editorial do jornal inglês The Independent. Sob o título alarmista ''Salvem os pulmões do planeta'', o editorial afirma que a Amazônia ''é importante demais para ser deixada aos brasileiros. Se perdermos as florestas, perderemos a batalha contra as mudanças climáticas´.
Estas ameaças não são novas. E a defesa ''do planeta'' é o biombo que oculta, hoje, velhas ambições imperialistas contra a grande reserva de recursos naturais (minerais, vegetais ou animais) e de água doce representada pela Amazônia. A cada época, estas ameaças se refazem com argumentos novos, sempre em busca do mesmo velho objetivo: subtrair aquela parte do território brasileiro à soberania nacional.
Ameaças às quais os brasileiros só podem dar uma resposta: cada pedaço do território nacional é importante demais e precisa ser defendido contra a cobiça imperialista. A resposta adequada só pode ser uma: a Amazônia é nossa!Confira aqui