Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 23 de julho de 2007

DESCREDIBILIZAÇÃO DO SISTEMA FISCAL


TÉCNICOS DE CONTAS
Coimas indevidas «descredibilizam» sistema fiscal
O presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC), Domingues Azevedo, considerou esta terça-feira que a aplicação de coimas indevidas no Pagamento Especial por Conta descredibiliza o sistema fiscal, apelando ao Ministério das Finanças para intervir.
O presidente da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas (CTOC) considerou hoje que a aplicação de coimas indevidas no Pagamento Especial por Conta descredibiliza o sistema fiscal.
O jornal Público noticia na edição de hoje que a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) exigiu a liquidação do Pagamento Especial por Conta (PEC) a milhares de contribuintes sem que tivesse base legal para esses pagamentos, tendo chegado a aplicar coimas.
No entender de Domingues Azevedo, «está a criar-se uma situação em que impera o velho conceito do 'pague agora, reclame depois'».
«Não é só o PEC. O PEC pela sua dimensão desperta maior atenção», disse o responsável, salientando que «não estão verificadas minimamente a emissão de documentos automáticos do sistema fiscal».
«O sistema executa ordens que lá estão e se o sistema tiver um problema vai emitir milhares de documentos. Em situações como a do PEC é complicado para os contribuintes», referiu.
Segundo o presidente do CTOC, esta situação «descredibiliza o processo e o sistema fiscal e gera nas pessoas uma sensação de injustiça e impotência».
Domingues Azevedo admitiu ter a informação de que os processos das coimas estão a ser anulados e apelou ao Ministério das Finanças para que resolva a situação e evite que surjam outras.
«Nós somos defensores da legalidade e consideramos que se o Estado exige ao contribuinte que cumpra as suas obrigações o mínimo que se pode pedir é que [o Estado] cumpra com os seus deveres também», salientou.
Domingues Azevedo disse ainda que o CTOC está a aconselhar «os contribuintes que se vejam a braços com esta situação a contactar a câmara no sentido de impugnar o processo».
Também a DECO apelou à intervenção do Ministério das Finanças, defendendo que a forma de relacionamento entre os cidadãos e o fisco está «ultrapassada».

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