GRITO DE PROTESTO EM CADEIRA DE RODAS
O “grito de protesto” de José Lima está a ser dado desde dia 1 de Agosto, altura em que iniciou a sua volta a Portugal em cadeira de rodas e que unirá a cidade minhota de Viana do Castelo à solarenga cidade de Faro, no Algarve. Hoje a quinta etapa, de um total de 21, terminará em Anadia, amanhã será a vez de Coimbra, sempre a descer até à cidade mais a sul do continente português, a uma média de 40 km por dia.
José Lima de 52 anos propôs-se fazer esta desgastante viagem de mais de 800 km para que os direitos dos deficientes motores não sejam esquecidos: "Estamos no Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades, mas falar de igualdade de oportunidades em Portugal é falar de uma grande treta. E é isso que eu quero denunciar com esta viagem", resumiu o português natural de Ponte de Lima, que teve de adaptar uns “pedais manuais” à cadeira de rodas, para que o esforço feito durante a viagem fosse mais reduzido.
Desde que ficou paraplégico em 1997, quando foi “esmagado” por um elevador que estava a reparar no Ministério Angolano das Finanças, que este licenciado em electrónica industrial tem tido dificuldade em arranjar emprego.
"Enquanto que o contacto é meramente telefónico, as coisas parecem bem encaminhadas. Mas quando apareço na empresa em cadeira de rodas, as coisas mudam radicalmente de figura", recordou o minhoto que apesar de todos os esforços está desempregado há três anos, sublinhando que esta é apenas uma das formas de discriminação feita aos deficientes em Portugal, mas não a única.
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