Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

DIA INTERNACIONAL DOS DESAPARECIDOS


Centenas de milhares de pessoas continuam desaparecidas em todo o mundo
O Comité Internacional da Cruz Vermelha assinala hoje, 30 de Agosto, o Dia Internacional dos Desaparecidos com críticas à comunidade internacional, por não fazer o suficiente para localizar as centenas de milhares de pessoas que estão desaparecidas em todo o mundo, em combate ou detidas secretamente ou secretamente executadas.
A Cruz Vermelha publicou um relatório realçando o que chama de tragédia oculta.
Um dos países citados no relatório é Angola, onde, cinco anos depois do fim da guerra, calcula-se que haja ainda acima de 23 mil desaparecidos.
Em declarações à BBC, o coordenador para a Comuniação do CICR, Narcelino Brinco, disse que a situação em Angola é preocupante.
Brinco citou a falta de recursos humanos, as dificuldades de deslocação, devido à extensão do território e à existência ainda de muitas minas anti-pessoais como os principais obstáculos para o trabalho da Cruz vermelha.
Citou igualmente as deslocações das populações, como um factor que dificulta a identificaçãode pessoas desaparecidas, nomeadamente crianças.
O Comité Internacional da Cruz vermelha é famoso pelo trabalho de encontrar pessoas desaparecidas durante guerras, mas mesmo o CICR não consegue dizer qual o número exacto de pessoas desaparecidas mundialmente., certamente centenas de milhares, provavelmente milhões.
A guerra na Bósnia terminou há 12 anos, mas mais de 13 mil pessoas continuamd esaparecidas, e por detrás de cada ficheiro há uma família à espera de saber se os seus entes queridos estão vivos ou mortos.
No Iraque, estimativas oficiais situam o número de desaparecidos em pelo menos 375 mil.
Pierre Kraehenbuhl, director de operações da Cruz vermelha, diz que o sofrimento dos familiares é imenso.
"Temos dados da morgue em bagdade, 20 mil corpos foram teransportado para a morgue desde o início de 2006, durante um período de 10 meses. Metades destes corpos não tinham identificação, e se multiplicarmos esses pelo número de familiares que continuam sem notícias, podemos fazer uma ideia de quantas pessoas enfrentam diariamente as incertezas desses desaparecimentos. E isso é muito, muito difícil de viver".
Não é apenas o desgosto e a incerteza. Sem confirmação de que os familiares estão mortos, as famílias podem viver anos na pobreza, sem acesso a pensões ou sem ditreito a vender propriedades.
A Cruz Vermelha diz que à luz da lei internacional, as pessoas de facto não deviam desaparecer: as mortes em combate deviam ser registadas, os detidos registados e as famílias informadas.
Mas em muitos conflitos, isto não acontece.
Por isso no Dia Internacional dos Desaparecidos, a Cruz Vermelha apela a mais apoio aos que chama de vítimas esquecidas de conflitos, as famílias dos desaparecidos.
Porque a menos que eles obtenham notícias e a conclusão de que tanto necessitam, será difícil de atingir uma paz real e duradoura.

BBCParaÁfrica

2 comentários:

marta disse...

Pelo amor de Deus entre em contato comigo procuro uma familia ai no Gama em Df.

AGRY disse...

Marta, como posso entrar em contacto consigo se não me deixou seu endereço? Para além disso, terá de fazer o favor de me esclarecer um pouco, porque o escreveu não permite perceber a situação