Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A (IM) POSSIBILIDADE DE LEGALIZAÇÃO DOS IMIGRANTES


A possibilidade de legalização excepcional para imigrantes que já se encontram a trabalhar no país foi suspensa pelo Governo
O ministro da Administração Interna, afirmou terem sido detectados casos de "fraude" e suspeitas de graves irregularidades que envolvem os empresários do”costume” e trabalhadores a viverem actualmente no estrangeiro
A lei , agora suspensa, prevê a concessão de autorização de residência a estrangeiros que tenham entrado legalmente em Portugal e que possuam contrato ou relação laboral atestada por um sindicato/associação e estejam inscritos na Segurança Social.
Os cerca de 800 imigrantes que tinham formalizado pedidos de legalização, foram informados telefonicamente, pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), de mais um adiamento nas suas vidas
Em poucos dias o SEF recebeu "mais de um milhão de chamadas"
O ministro da administração interna informou terem sido disponibilizados os meios adequados, nomeadamente a criação de uma linha telefónica e o alargamento do horário dos serviços.
Timóteo Macedo, da Associação Solidariedade Imigrante, manifestou a sua discordância e criticou a surpresa e a impreparação dos SEF para suster o caudal de pedidos de autorização de residência. Referiu igualmente as dificuldades no esclarecimento das dúvidas suscitadas por uma decisão inesperada.
Por seu turno, o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação do SEF, Gonçalo Rodrigues, considera não haver razões para polémicas,recordando que o sindicato já tinha manifestado, por escrito, estar-se na presença de "uma boa lei"

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