CESSAR FOGO EM RISCO NA RD CONGO
Informações do leste da República Democrática do Congo dizem que o general dissidente, Laurent Nkunda, acusou o exército congolês de atacar as suas posições.
Este alegado ataque quebra o frágil cessar-fogo que tinha sido imposto um dia antes.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o general Nkunda disse que já tinha informado as Nações Unidas do ataque, que segunda ele ocorreu na cidade de Rutshuru.
Na quinta-feira uma porta-voz da missão da ONU no Congo afirmou ter reservas acerca da manutenção do cessar-fogo.
Sylvie Van Den Wildenberg disse à BBC que o general Nkunda permanecia uma ameaça na área.
"O risco de alargamento do conflito a toda a área dos Grandes Lagos é alto.”
“Os congoleses já exprimiram vontade de entrarem numa nova era e as acções de Nkunda estão a evitar que se chegue à consolidação da paz".
O Presidente do Uganda e o seu homólogo congolês encontram-se hoje reunidos na capital da Tanzânia, Arusha, para dois dias de conversações sobre as relações entre os dois países.
Um porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros ugandês, disse que as negociações vão cobrir uma série de temas que afectam a região.
Na quinta-feira, o director de informação da ONU, Mario Zamorano, havia dito à BBC, que era preciso cautela para lidar com o conflito.
"Não podemos ser muito optimistas. O cessar-fogo acordado é muito frágil e qualquer coisa pode deitar tudo a perder.”
“Por esse motivo, as forças da ONU no país já voltaram a ser destacadas para cidades como Goma, Masisi e Rutshuru."
O General Nkunda de origem étnica Tutsi, reclama que está a proteger o povo dele das forças Hutu do Ruanda, que levaram a cabo o genocídio de 1994, mas que mais tarde atravessaram a fronteira para o Congo para evitarem serem detidos.
O Ruanda tem reservas quanto à presença de rebeldes Hutu naquela área e já avisou que vai tomar as medidas necessárias para dissuadir aqueles que ameaçam a estabilidade do seu país.
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