Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

CESSAR FOGO EM RISCO NA RD CONGO


Informações do leste da República Democrática do Congo dizem que o general dissidente, Laurent Nkunda, acusou o exército congolês de atacar as suas posições.
Este alegado ataque quebra o frágil cessar-fogo que tinha sido imposto um dia antes.
De acordo com a agência de notícias Reuters, o general Nkunda disse que já tinha informado as Nações Unidas do ataque, que segunda ele ocorreu na cidade de Rutshuru.
Na quinta-feira uma porta-voz da missão da ONU no Congo afirmou ter reservas acerca da manutenção do cessar-fogo.
Sylvie Van Den Wildenberg disse à BBC que o general Nkunda permanecia uma ameaça na área.
"O risco de alargamento do conflito a toda a área dos Grandes Lagos é alto.”
“Os congoleses já exprimiram vontade de entrarem numa nova era e as acções de Nkunda estão a evitar que se chegue à consolidação da paz".
O Presidente do Uganda e o seu homólogo congolês encontram-se hoje reunidos na capital da Tanzânia, Arusha, para dois dias de conversações sobre as relações entre os dois países.
Um porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros ugandês, disse que as negociações vão cobrir uma série de temas que afectam a região.
Na quinta-feira, o director de informação da ONU, Mario Zamorano, havia dito à BBC, que era preciso cautela para lidar com o conflito.
"Não podemos ser muito optimistas. O cessar-fogo acordado é muito frágil e qualquer coisa pode deitar tudo a perder.”
“Por esse motivo, as forças da ONU no país já voltaram a ser destacadas para cidades como Goma, Masisi e Rutshuru."
O General Nkunda de origem étnica Tutsi, reclama que está a proteger o povo dele das forças Hutu do Ruanda, que levaram a cabo o genocídio de 1994, mas que mais tarde atravessaram a fronteira para o Congo para evitarem serem detidos.
O Ruanda tem reservas quanto à presença de rebeldes Hutu naquela área e já avisou que vai tomar as medidas necessárias para dissuadir aqueles que ameaçam a estabilidade do seu país.

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