Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 4 de setembro de 2007

EMPRÉSTIMOS ENVENENADOS


Os estudantes universitários vão ter acesso a empréstimos com juros mais baixos já a partir deste ano lectivo. O Governo deverá aprovar hoje, em Conselho de Ministros, o decreto-lei que prevê que o Estado passe a ser fiador junto da banca.
O Estado passará a ser fiador, através de um fundo de garantia mútuo, com uma participação inicial de 1,5 milhões de euros. A notícia é avançada hoje "Diário de Notícias", que revela que o novo projecto para financiamento do ensino superior irá abranger licenciaturas, mestrados, doutoramentos, mas também projectos de investigação, no âmbito do ensino público e privado.
O limite do empréstimo para os jovens que peçam apoio para financiar uma licenciatura é de 25 mil euros. O financiamento vai ser distribuído pelos anos do curso.

O Bloco de Esquerda reage:
"Francisco Louçã criticou em Olhão os empréstimos bancários que o governo anunciou para financiar os estudos dos alunos das Universidades portuguesas, considerando que se trata de mais um favor feito à banca à custa das famílias mais desfavorecidas, que são as que necessitam de recorrer aos empréstimos. Depois de generalizar o pagamento de propinas para um serviço que devia ser gratuito, o governo propõe agora que os estudantes se endividem durante os estudos, começando a vida profissional com altos compromissos financeiros perante a banca."

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