Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 30 de setembro de 2007

OS NOVOS PROFETAS


Quando alguém num passado recente se bateu com galhardia e com aparente convicção por causas e valores que agora condena ao ostracismo, estigmatizando quem, em nome da coerência e da verticalidade politicas não abandonou o combate, está a a brindar-nos, no circo da baixa política, com piruetas miméticas só acessíveis a génios capazes de reinventar a arte circense
Nas cinzas dum espaço flagelado por décadas de autoritarismo, de incultura e de repressão aos partidos de esquerda, nascem os novos profetas, os iluminados da era da globalização do pensamento único
Como diz Hemingway, "O homem não foi feito para a derrota. Um homem pode ser destruído, mas não derrotado"
Devemos manter alguma dignidade mesmo na hora da deserção.
Não há mais e menos esquerda! Há esquerda, há direita e há, isso sim, arrivistas nas duas margens.
Qualquer cidadão com o mínimo de experiência no combate politico, sabe que ,em todos os tempos, houve quem abraçasse determinadas causas por mero oportunismo e por adesão emocional, irreflectida, não digerida.
As pessoas que não dispõem de um certo arcaboiço físico, psicológico e intelectual, sucumbirão na luta pela defesa de ideais que colidem com o comodismo de quem nunca sofreu na pele a repressão do Poder e, do mesmo modo, nunca se debateu com as carências experimentadas pela maioria dos cidadãos.
Não é exclusivo dos idiotas não mudarem. Os fracos, os arrivistas, os que nunca souberam destruir o egoísmo que mora em si, nunca mudam. No quadro das chamadas democracias modernas e ocidentais, os anticomunistas são treinados desde o berço a sê-lo.
Há quem não resista ao charme e às mega-operações de marketing promovidas pelas oligarquias financeiras e por uma classe politicamente inculta e conservadora.
A mutilação do conceito de democracia das suas componentes sociais, económicas e culturais, em oposição à cómoda e redutora interpretação que a circunscreve às liberdades politicas, propicia aos seus agentes fazer a apologética
dum regime que serve apenas uns pouco,os ociosos. Leia aqui

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