Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

EX-ESCRAVOS: MIGRAÇÃO DA FORMA DO BRASIL PARA ÁFRICA


Arquiteto nigeriano David Aradeon descreve em entrevista à DW-WORLD as influências dos ex-escravos retornados do Brasil para a Nigéria e o Benin e fala do candomblé como espaço de resistência nas duas culturas.David Aradeon, professor emérito da Universidade de Lagos, analisou o patrimônio arquitetônico afro-brasileiro na costa oeste da África: edificações erigidas por ex-escravos ou seus descendentes, que regressaram ao continente africano após a libertação da escravatura no Brasil. Parte do resultado de suas pesquisas compõe a obra Antecedentes dos Espaços Afro-Brasileiros, que foi exposta na documenta 12, em Kassel.

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