Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 21 de outubro de 2007

QUESTÕES BILATERAIS E A CIMEIRA UE-ÁFRICA


O primeiro-ministro, José Maria Neves, considerou, quarta-feira, que "as questões bilaterais» não podem pôr em causa a realização da cimeira União Europeia/África, prevista para o próximo mês de Dezembro em Lisboa (Portugal). Interrogado sobre o facto do Reino Unido, e agora também a República Checa, já ameaçarem não estar presentes na cimeira entre os dois continentes, em protesto face à eventual participação no encontro do Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, José Maria Neves afirmou que o Governo de Cabo Verde não quer falar de problemas em relação à reunião mas sim frisar que é um momento "estratégico para África e para a Europa".Neste sentido, ele garantiu que o Governo cabo-verdiano "está a fazer tudo" para que se realize a cimeira UE-África, uma iniciativa que Cabo Verde considera não pode ser posta em causa por "questões bilaterais".

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