Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 24 de novembro de 2007

BRASIL NEGRO PROCURA MELHOR FUTURO


Uma universidade com o nome de um líder rebelde dos tempos da escravatura no Brasil está à cabeça de uma controvérsia sobre a complexa identidade racial do país.
A Unipalmares é uma homenagem ao ex-escravo Zumbi dos Palmares
A Unipalmares, de seu nome abreviado, foi criada em 2003 como uma instituição de ensino privada no degradado distrito da Luz, em São Paulo.
Com as suas salas de aulas bem equipadas e com uma vasta gama de computadores, a Unipalmares pode ser qualquer instituição académica brasileira.
Só que 50% das suas vagas estão reservadas a estudantes de raça negra, reflectindo o facto de cerca de metade dos 183 milhões de brasileiros têm como ancestrais escravos africanos.
"A Unipalmares transformou-se num ponto de referência como um local onde as minorias podem ter uma oportunidade de acesso à educação superior, se tivermos em conta que esse acesso continua muito limitado no nosso país", diz José Vicente.

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