ITÁLIA FAZ DO RACISMO POLITICA DE ESTADO

Após o longo governo conservador de Sílvio Berlusconi, dois anos de governo de centro-esquerda de Romano Prodi, em 2006-8, que prosseguiu na senda neoliberal e não cumpriu uma sequer das promessas eleitorais, a direita retornou ao governo, na esteira de campanha eleitoral que agitou fortemente a ameaça do imigrante à segurança pessoal, social e económica do italiano, descentrando a discussão das questões estruturais do país.
Mantidas as proporções, o açulamento do ódio e a legislação contra comunidades étnicas diabolizadas pelo governo restabelecem, sessenta anos após o fim do regime fascista de Mussolini, o racismo como política de Estado e como meio de conquista-manipulação do consenso popular, a fim de melhor implementar políticas conservadoras contra a população e os trabalhadores.
Os meios de informação contribuem fortemente para a histeria racista, extrapolando e agitando eventuais delitos de estrangeiros, apesar de as estatísticas apontarem serem as taxas de criminalidade dos imigrados inseridos na sociedade italiana mais baixas do que as da população nativa em igual situação, além de indicarem igualmente que há muito mais mortos devido às péssimas condições de trabalho do que em consequência da criminalidade
A verdadeira comunidade estrangeira combatida por este governo dirigido pelo maior capitalista italiano, reconhecidamente envolvido em dezenas de casos de corrupção e delitos diversos, é o trabalhador e a trabalhadora italianos, e seus partidos e organizações.Confira aqui