Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL
Mostrar mensagens com a etiqueta racismo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta racismo. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ITÁLIA FAZ DO RACISMO POLITICA DE ESTADO

A Itália vive forte crise. Seus salários estão entre os mais baixos da Europa, enquanto o custo de vida é um dos mais elevados da União Europeia.
Após o longo governo conservador de Sílvio Berlusconi, dois anos de governo de centro-esquerda de Romano Prodi, em 2006-8, que prosseguiu na senda neoliberal e não cumpriu uma sequer das promessas eleitorais, a direita retornou ao governo, na esteira de campanha eleitoral que agitou fortemente a ameaça do imigrante à segurança pessoal, social e económica do italiano, descentrando a discussão das questões estruturais do país.
Mantidas as proporções, o açulamento do ódio e a legislação contra comunidades étnicas diabolizadas pelo governo restabelecem, sessenta anos após o fim do regime fascista de Mussolini, o racismo como política de Estado e como meio de conquista-manipulação do consenso popular, a fim de melhor implementar políticas conservadoras contra a população e os trabalhadores.
Os meios de informação contribuem fortemente para a histeria racista, extrapolando e agitando eventuais delitos de estrangeiros, apesar de as estatísticas apontarem serem as taxas de criminalidade dos imigrados inseridos na sociedade italiana mais baixas do que as da população nativa em igual situação, além de indicarem igualmente que há muito mais mortos devido às péssimas condições de trabalho do que em consequência da criminalidade
A verdadeira comunidade estrangeira combatida por este governo dirigido pelo maior capitalista italiano, reconhecidamente envolvido em dezenas de casos de corrupção e delitos diversos, é o trabalhador e a trabalhadora italianos, e seus partidos e organizações.Confira
aqui

sábado, 21 de junho de 2008

ISRAEL REVIVE O AUGE DO APARTHEID


O crescimento do sentimento racista, anti-árabe, que vem dominando a sociedade israelita, é uma provocação à paz, é um desafio permanente à comunidade internacional. Num inquérito recente realizado, apuraram-se coisas curiosas:
• 75% dos cidadãos judeus israelitas recusam-se a viver num prédio , com vizinhos árabes;
• 61% desses mesmos judeus nunca convidariam um árabe a visitar as suas casas;
• 69% dos estudantes de ensino fundamental em Israel acha que os árabes “não são inteligentes” e
• 55% dos judeus do país defendem a separação, nas áreas de lazer, entre árabes e judeus.
Defende-se abertamente, nas ruas, a expulsão de árabes de terras israelitas (que na verdade eram palestinas antes da decisão da ONU). Apesar da existência de leis (poucas) que condenam o racismo, esta sociedade ignora-as, pura e simplesmente
Israel é o único país do mundo onde os bilhetes de identidade, dos seus cidadãos possuem um campo onde todos devem declarar as suas religiões. Pessoas que professam o cristianismo e o islamismo acabam sendo “naturalmente” discriminadas. A Organização Internacional do Trabalho – OIT tem diversos estudos que mostram que trabalhadores palestinos ,e árabes em geral,ganham menos de metade do que ganham trabalhadores judeus

Crianças, desde a mais tenra idade são educadas a odiar árabes e palestinos, pelos seus pais e , depois, nas escolas. Mas há, inevitavelmente, uma fundamentação jurídica para isso, vejam-se dois ou três exemplos:
Lei do Retorno – É de 1950 e concede cidadania automaticamente a todos os judeus de qualquer país do mundo que se dispuser a mudar para Israel.
Lei sobre Casamentos – É de 1953, que institui a proibição de casamentos entre árabes e judeus.
Lei de Emergência
– Uma das piores e mais drásticas leis que assegura ao Estado de Israel o “direito” de demolir casas de palestinos sob a mais simples suspeitas, expulsando moradores de determinadas regiões. As casas são demolidas com os tractores poderosos de fabricação americana , Caterpillar.
Até quando a humanidade vai aceitar essa barbaridade praticada contra palestinos e árabes em geral? Até quando fecharemos nossos olhos a essas injustiças? Até quando a comunidade internacional vai ficar de olhos fechados para isso? E o Conselho de Segurança das Nações Unidas, não vai condenar isso?
Israel hoje revive o auge do Apartheid na África do Sul, que era unanimemente condenado. Quem não se lembra de grande empresas transnacionais encerrarem suas fábricas na Cidade do Cabo e em tantas outras localidades sob o discurso de condenação do racismo? Porque não se toma hoje uma atitude semelhante contra Israel? Confira aqui

quarta-feira, 11 de junho de 2008

CHOMSKY PREVÊ VITÓRIA DE MCCAIN


Noam Chomsky, reconhecido linguista e activista político norte-americano, prevê que os democratas vão obter maioria no Congresso sob a liderança de Barack Obama, mas que o republicano John McCain vai ganhar as presidenciais de Novembro próximo.
São duas as razões que, na opinião de Chomsky, impedirão, com toda a probabilidade, que o candidato democrata seja proclamado o primeiro presidente negro da história dos EUA: o racismo que subsiste na sociedade norte-americana, sobretudo no Sul do país, e a falta de escrúpulos dos republicanos na hora de desqualificar os seus rivais.
"O Partido Republicano, que tem uma vertente realmente fascista, conta com uma formidável máquina de difamação e vilipêndio que que ainda não foi posta em marcha contra Obama, mas que sem dúvida será", disse Chomsky Chomsky
Perguntado sobre a percepção de alguns países europeus de que McCain é um republicano "brando", à esquerda de Bush, Chomsky declarou que isso certamente é "o resultado de uma propaganda muito eficazmente construída para apresentá-lo como um independente com posições próprias"
. McCain é provavelmente mais perigoso que Bush e perfeitamente capaz de levar o país ao confronto militar com o Irão
"Apresentam-no como especialista em segurança porque foi piloto de guerra, mas não sabe nada de temas militares. Sabe como bombardear as pessoas de uma altura de 30 mil pés, mas será que isso o converte em especialista em segurança?", perguntou. Confira aqui

quinta-feira, 10 de abril de 2008

EXTREMA DIREITA À PORTUGUESA


O líder nacionalista Mário Machado, um dos 36 arguidos a serem julgados por discriminação racial, assegurou hoje em tribunal que "nunca se considerou racista" e que "não tem qualquer ódio primário à raça negra" ou a outras. O arguido admitiu, porém, ter "forte convicção" de que "há a propensão da raça negra para o crime", alegando que isso é "visível" na própria cadeia em que está preso, onde "só cerca de 25 por cento" dos detidos são brancos.


Parece-me oportuno revisitar um dossier elaborado pelo Esquerda-net em Outubro de 2007. Neste dossier, recua-se aos anos 60, às origens do movimento skinhead , antes da contaminação nazi; mostramos o que são os hammerskins e o seu "capítulo" português, e o que defendem estes skinheads racistas ; revelamos as ligações da extrema-direita portuguesa ao submundo do tráfico de droga, armas e mulheres e à violência nos estádios; e mostramos que o skinhead profanador do cemitério judaico já tinha atacado noutra data simbólica para a comunidade judaica . Analisamos também a combinação de violência e política da extrema-direita em Portugal, contamos como o PNR tomou o PRD e foi tomado pela Frente Nacional e como os que se afastaram querem tomar agora o PND. O espaço de opinião é de Mamadou Ba, do SOS Racismo, que não poupa críticas à "banalização do racismo" pelos fazedores de opinião da nossa praça.

sábado, 24 de novembro de 2007

BRASIL NEGRO PROCURA MELHOR FUTURO


Uma universidade com o nome de um líder rebelde dos tempos da escravatura no Brasil está à cabeça de uma controvérsia sobre a complexa identidade racial do país.
A Unipalmares é uma homenagem ao ex-escravo Zumbi dos Palmares
A Unipalmares, de seu nome abreviado, foi criada em 2003 como uma instituição de ensino privada no degradado distrito da Luz, em São Paulo.
Com as suas salas de aulas bem equipadas e com uma vasta gama de computadores, a Unipalmares pode ser qualquer instituição académica brasileira.
Só que 50% das suas vagas estão reservadas a estudantes de raça negra, reflectindo o facto de cerca de metade dos 183 milhões de brasileiros têm como ancestrais escravos africanos.
"A Unipalmares transformou-se num ponto de referência como um local onde as minorias podem ter uma oportunidade de acesso à educação superior, se tivermos em conta que esse acesso continua muito limitado no nosso país", diz José Vicente.