QUESTIONAR A IGREJA
As minhas relações com a religião católica sempre foram de prevenção e curiosidade. Ateu, razoável leitor da Bíblia, tento compreender o Evangelho e seguir o seu espírito "humano" sobrelevando o aspecto "divino", digamos assim. Hegel ensinou que tudo o que se referia à Igreja, no que ela comporta de humanidade, dizia respeito a todos nós. O conhecimento permite a eficácia da luta contra o obscurantismo e a crendice.Eis porque me surpreende o silêncio dos média em torno da notável entrevista que o padre Anselmo Borges deu a Sarah Adamopoulos, e publicada na última revista Notícias Magazine. Anselmo Borges comprometeu-se com uma luta que faça evoluir a sociedade portuguesa para uma significação intrínseca. A Igreja do humano tem um papel importantíssimo a desempenhar, enfrentando a Igreja da casta e do absoluto. A Igreja do divino tende a esquecer que a cultura dispõe sempre da capacidade de ser cultura. No entanto, Anselmo Borges adverte: "A Igreja Católica continua a ser uma monarquia absoluta [.] e não pode pregar os direitos humanos fora dela, quando os não pratica no seu seio." Dito de outra forma: a Igreja não é democrática, e a sua autoridade, contrária à mensagem de Jesus, chega a ser antidemocrática. Confira aqui
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