Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

QUESTIONAR A IGREJA


As minhas relações com a religião católica sempre foram de prevenção e curiosidade. Ateu, razoável leitor da Bíblia, tento compreender o Evangelho e seguir o seu espírito "humano" sobrelevando o aspecto "divino", digamos assim. Hegel ensinou que tudo o que se referia à Igreja, no que ela comporta de humanidade, dizia respeito a todos nós. O conhecimento permite a eficácia da luta contra o obscurantismo e a crendice.Eis porque me surpreende o silêncio dos média em torno da notável entrevista que o padre Anselmo Borges deu a Sarah Adamopoulos, e publicada na última revista Notícias Magazine. Anselmo Borges comprometeu-se com uma luta que faça evoluir a sociedade portuguesa para uma significação intrínseca. A Igreja do humano tem um papel importantíssimo a desempenhar, enfrentando a Igreja da casta e do absoluto. A Igreja do divino tende a esquecer que a cultura dispõe sempre da capacidade de ser cultura. No entanto, Anselmo Borges adverte: "A Igreja Católica continua a ser uma monarquia absoluta [.] e não pode pregar os direitos humanos fora dela, quando os não pratica no seu seio." Dito de outra forma: a Igreja não é democrática, e a sua autoridade, contrária à mensagem de Jesus, chega a ser antidemocrática. Confira aqui

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