Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

SÓCRATES E AS PROMESSAS ELEITORAIS


O primeiro-ministro, José Sócrates, anuncia esta tarde formalmente a opção do Governo de ratificar o Tratado de Lisboa da União Europeia por via parlamentar, ao inaugurar hoje o novo modelo de debate quinzenal na Assembleia da República.
Para poder entrar em vigor e encerrar uma das mais graves crises institucionais da história da integração europeia, o Tratado de Lisboa tem de ser ratificado/confirmado em todos (sem excepção) Estados da UE, por via parlamentar ou em referendos populares. Vinte e cinco Estados membros já optaram pela ratificação parlamentar, consumada já por um deles, a Hungria, e apenas um, a Irlanda, o fará por via referendária, por imperativos constitucionais.
Cavaco Silva é favorável ao Tratado de Lisboa mas, por princípio, contra referendos a Tratados internacionais.
o presidente em exercício da UE, o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, advertiu para os perigos da realização de um referendo em Portugal
PSD e CDS-PP são a favor do Tratado mas, enquanto os sociais-democratas defendem a ratificação no Parlamento, os democratas-cristãos querem um referendo.
PCP e Bloco de Esquerda são contra o novo Tratado da UE e defendem que seja referendado, tendo o BE ameaçado mesmo apresentar uma moção de censura ao Governo no Parlamento, caso o executivo não cumpra a promessa eleitoral de convocar um referendo.

José Sócrates é um mero peão no xadrez das grandes oligarquias politicas e financeiras?
A gasta desculpa dos brandos costumes não será a armadilha, o pretexto para justificar o
grau de cobardia colectiva que consente que uma tribo domine, amordace, atemorize e anestesie toda uma sociedade?

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