Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

TENSÕES ÉTNICAS NO QUÉNIA


Prosseguem no Quénia os esforços para resolver a crise surgida a seguir às polémicas eleições gerais de finais de Dezembro. Desde o anúncio dos resultados das eleições, mais de 480 pessoas foram mortas em actos amplamente vistos como tendo sido de violência inter étnica. Mais de 250 mil quenianos fugiram das suas casas.
Gangs saíram às ruas à procura de pessoas de etnias rivais
Kangemi é um degradado bairro de lata à beira da estrada de saída da capital, Nairobi, em direcção a Naivasha.
Sob os tectos de zinco e por detrás de frágeis portas de madeira vivem 100 mil pessoas. Estes são os mais pobres entre os pobres do Quénia.
Muito poucos têm empregos permanentes. A criminalidade, a SIDA e a tuberculose estão por todo o lado e afligem sobremaneira os residentes de Kangemi.
O Quénia é um país que corre o risco de se dividir. Cada dia de distúrbios, violência e ódio poderá necessitar de um mês para sarar. Leia aqui

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