Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

CAMPANHA NÃO-DISCRIMINAÇÃO NA EUROPA


Por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial a 21 de Março, a Amnistia Internacional (AI) dirige-se a todos os Estados Membros da União Europeia (UE) advertindo-os para a necessidade de pôr em prática medidas capazes de assegurar um fim para todas as leis e práticas de discriminação racial. Além disso, a Amnistia Internacional congratula-se com a designação do ano 2007 como o “Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para todos”, como um reconhecimento de que a discriminação na UE vai para além do racismo.
O mais recente “Eurobarómetro”, publicado a 23 de Janeiro de 2007, revela que o racismo e a discriminação são encarados como um problema grave, por aqueles que vivem na União Europeia:
· 64% dos cidadãos europeus são da opinião de que a discriminação existe de forma generalizada dentro do seu próprio país.
· Em média 51% dos europeus acha que o seu país não está a desenvolver esforços suficientes para combater a discriminação e gostariam de ver esta realidade alterada.
· De acordo com este estudo, a discriminação baseada na origem étnica é sentida como sendo a mais comum (dois em cada três europeus, ou seja cerca de 64%; todavia, os resultados variam consoante os países). Um em cada dois europeus considera que a discriminação baseada na deficiência e na orientação sexual está em expansão. A discriminação baseada na idade (46%), religião ou crenças (44%), género/sexo (40%) ainda continua a ocorrer embora numa menor escala.
· A grande maioria dos cidadãos europeus acredita que ser incapacitado (79%), de etnia Roma (77%), idoso (69%) ou ser de uma etnia diferente (62%) é uma desvantagem na sua sociedade.
· À excepção de quatro Estados-Membros, na maioria dos países os cidadãos são da opinião de que as pessoas de etnia diferente do resto da população, enriquecem a cultura nacional.Confira aqui

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