Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

EUA EXEMPLO PERFEITO DO "REGIME DE EXCEPÇÃO"


Uma ONG de advogados britânicos de defesa dos direitos humanos – Reprieve – tornou público, no final de janeiro, um relatório em que denuncia a compra de presos por parte dos Estados Unidos. Os presos foram comprados no Afeganistão e no Paquistão e transportados de avião para Guantánamo via “jurisdição portuguesa”.
"Passei 25 anos representando presos condenados à morte e posso assegurar que as condições em Guantánamo são piores que em qualquer corredor da morte. É gente que não foi acusada de nada. Está cheio de gente inocente", adverte Clive Stafford Smith, que é Diretor para Assuntos Legais da ONG Reprieve.
"Morro aqui diariamente, mental e fisicamente. Isso acontece com todos. Fomos esquecidos. Fui capturado ao tentar fugir para o Paquistão e vendido ao Exército dos Estados Unidos por cinco mil dólares”, disse Shaker, um britânico, preso, vendido e transportado à “ilha da morte”, como um dos presos entrevistados pela Ong Reprieve se refere a Guantánamo.
Outro preso em Guantánamo confessa que esteve ali por cinco anos, ao final dos quais foi posto em liberdade, sem que encontrassem nele razão para incriminá-lo.
Os supostos suspeitos de terrorismo por parte dos Estados Unidos, mas também os inúmeros casos que envolvem a atuação da polícia no Brasil, que, até prova em contrário, batem, prendem ou mesmo matam, são os que Agamben identifica como o “homo sacer”. Ou seja, há aqui um tema crucial a ser enfrentado pelo pensamento de esquerda: a soberania política. Confira aqui
Imagem tirada daqui

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