Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 10 de fevereiro de 2008

CARGA POLICIAL COMO NOS VELHOS TEMPOS


A advogada do Grémio Lisbonense e o presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau lamentaram este sábado as agressões de agentes a algumas pessoas que se encontravam na escadaria da instituição para evitar uma acção de despejo.
Agentes da PSP que estavam na sexta-feira à noite de guarda à associação, na Praça do Rossio, em Lisboa, atingiram com cassetetes vários sócios e amigos da instituição que se insurgiram contra o despejo ordenado pelo tribunal.
O Grémio Lisbonense recebeu sexta-feira uma ordem de despejo e, embora as chaves tenham sido entregues ao senhorio, o património da associação continua dentro do edifício até ser encontrado um novo local.Confira
aqui
A propósito duma manifestação de policias, escrevi: imaginar policias que são o rosto mais visível do aparelho repressivo numa luta pelos seus direitos como prestadores de serviços a uma entidade que nos reprime a todos, roça a fronteira do absurdo. Não se trata de reconhecer ou não legitimidade nesta acção. Por enquanto limito-me a mencionar factos. Leia aqui
Esgrimir o velho e estafado argumento de "utilizar os meios coercivos necessários e adequados para repor a legalidade", é escavar e identificar-se com o regime fascista.
A liberdade não resulta da bondade dum qualquer chefe de policia ou dum governante com uma política mais ou menos fascizante.
Ninguém, rigorosamente ninguém, se pode permitir o direito de agredir impunemente os cidadãos. Foi contra esta repressão gratuita que também surgiu o 25 de Abril. Será contra a sua persistência que deverão ressurgir outros movimentos que esmaguem, em definitivo, o instinto reaccionário e fascizante dos detentores da “nobre missão” de preservar o que se designa de autoridade.
Esta bipolarização, autoridade-cidadãos, reflecte uma estrutura mental e politica verdadeiramente preocupantes.

Imagem tirada daqui

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