Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 2 de fevereiro de 2008

CRIANÇAS TRANSPORTADAS EM CONDIÇÕES DESUMANAS


Notícias de Pemba indicam que quatro pais que entregaram seus filhos menores contactaram a polícia, manifestando inquietação face à situação. Os pais contaram terem sido contactados por um desconhecido em finais do ano passado, para entrega de crianças para estudarem o islão. Como meio de garantia, houve apenas troca de números de telefone. Contaram ter pago três mil e cinquenta meticais, para as despesas com transporte aéreo e alimentação, até ao destino.
A Associação dos defensores dos direitos da Criança e a Rede da Criança, repudiam o transporte de menores em condições impróprias
E apela as autoridades de direito que esclareçam o sucedido e tomem medias contra os autores morais da ocorrência."
Esta noticia, inserta no Diário de Um Sociólogo, termina com um comentário:
"Este é, indiscutivelmente, um fenómeno cuja amplitude merece uma profunda investigação. Essa amplitude não pode, de forma alguma, em meu entender, ficar circunscrita às condições desumanas em que viajavam as crianças. Outros aspectos deverão ser investigados.

1 comentário:

Nelson disse...

O caso tomou vários contornos. Pelas condições em que as crianças eram transportadas pensou-se logo em tráfico. Quando se soube que as crianças iam cursar Islão algures em Maputo e Tete, vieram vozes dizer que haviam interesses de manchar a religião. Outros procuraram culpar o governo que por não criar condições na área da educação, milhares de crianças ficam sem vagas anualmente e devia se "agradecer" ao gesto daqueles que pelo menos criam condições para essas mesmas crianças aprenderem alguma coisa. A hipóteses de tráfico começou a cair por terra quando se soube que havia consentimento dos pais mas agora se acredita que esses pais podem ter sido ludibriados.