Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 3 de março de 2008

JERÓNIMO DE SOUSA E A MARCHA LIBERDADE E DEMOCRACIA


Segundo a Lusa O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o Governo liderado por José Sócrates de atacar todas as vertentes da democracia, de se submeter aos "ditames dos poderosos" e de estar a desenvolver um Estado policial
Para Jerónimo de Sousa, a ofensiva do Governo de José Sócrates "não deixa intocável nenhuma das vertentes do regime democrático - a democracia social, a democracia económica, a democracia cultural e a democracia política".
Eis excertos dum discurso de Jerónimo de Sousa, e que pode ler aqui
Sócrates escolheu um mau momento para balanços. E escolheu porque mal acabava de falar, três seus reconhecidos e insuspeitos "profetas institucionais da desgraça", - o INE, o Banco de Portugal e Comissão Europeia, convidavam Sócrates a regressar à terra e à vida do país real.
O INE vinha confirmar o que Sócrates há muito sabia e esconde: a taxa real de desemprego (com sub-emprego e inactivos disponíveis) passou de 10,3% em 2006 para 10,5% em 2007; as exportações a cair, o consumo a cair e o crescimento ainda anémico a derrapar.
Para um quinto das crianças portuguesas em risco de pobreza a situação piorou desde o último relatório de 2004. Marcas da nossa realidade social que colocam este governo não na vanguarda, mas no fundo da tabela das preocupações sociais.
Nesta semana de balanços, as boas notícias foram só para os mesmos do costume: os lucros da banca continuam a crescer sem parar. Lucros 7,9 milhões de euros dia em 2007, apesar da crise geral,
José Sócrates, quer agora transformar o mau Código do Trabalho no Código da exploração.
Não é de modernidade que se trata, mas de retrocesso social quando se pensa e quer liberalizar e tornar mais baratos os despedimentos individuais sem justa causa.
É inaceitável que alguém que tem responsabilidades políticas ao mais alto nível precise, para ganhar apoios para as suas políticas, de denegrir a imagem de alguns grupos sócio-profissionais como é o caso dos professores, mas também com os médicos, os juízes ou os polícias e que tenha como principal e quase único argumento para defender as suas opções, a insinuação construída na base do anticomunismo primário.
O Governo/PS está a consolidar nas várias etapas do percurso escolar das nossas crianças e dos nossos jovens o objectivo de separar o conhecimento, só acessível a alguns, da aquisição de competências ligadas às necessidades do grande capital, tornando a escola mais selectiva e elitizada.
Mas os problemas das populações, esses, mantêm-se sem solução: cerca de 750.000 portugueses continuam sem médico de família; mais de 200.000 aguardam uma cirurgia, uma parte significativa há mais de um ano; continuam a aumentar os custos com a saúde para as famílias; não se vislumbra uma medida que seja no sentido de resolver a falta de centenas de médicos nos cuidados primários e muitos milhares de enfermeiros nos centros de saúde e nos hospitais.
Com este governo do PS essa ofensiva que mutila as liberdades democráticas tem ganho uma nova dimensão
com as limitações à liberdade sindical, a crescente policialização da sociedade e as leis antidemocráticas dos partidos políticos cozinhadas pelo PS e PSD para garantir a sua hegemonia política.
Estamos em luta e vamos estar, manifestando a nossa indignação contra os abusos do poder, contra as mutilações às liberdades dos partidos e dos cidadãos. Confira aqui

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