Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 3 de março de 2008

LINCHAMENTOS, ECLIPSE DO SOCIAL E BODES EXPIATÓRIOS


"Em cada um de nós habita um linchador colérico e irrazoável caso nos roubem algo ou nos sintamos demasiado em cima da lâmina. Regra geral a moral do céu muda de vida e de atitude no território do inferno. Os linchamentos não têm a ver com a pobreza em si, com a privação de satisfação das necessidades fundamentais em si, com a ausência da polícia ou dos aparelhos formais da justiça em si, mas com a exposição permanente à exclusão, à multilateralidade dessa exposição. É num conjunto poliédrico e rizomático de factores que devemos tentar compreender os sismos sociais, aí compreendidos os linchamentos. E os sismos podem surgir apenas pela activação localizada e súbita de um dos factores, o qual repercute, depois, em cascata, sobre os outros.", excerto de postagem inserida, ontem, no Diário de um Sociólogo

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