LINCHAMENTOS, ECLIPSE DO SOCIAL E BODES EXPIATÓRIOS
"Em cada um de nós habita um linchador colérico e irrazoável caso nos roubem algo ou nos sintamos demasiado em cima da lâmina. Regra geral a moral do céu muda de vida e de atitude no território do inferno. Os linchamentos não têm a ver com a pobreza em si, com a privação de satisfação das necessidades fundamentais em si, com a ausência da polícia ou dos aparelhos formais da justiça em si, mas com a exposição permanente à exclusão, à multilateralidade dessa exposição. É num conjunto poliédrico e rizomático de factores que devemos tentar compreender os sismos sociais, aí compreendidos os linchamentos. E os sismos podem surgir apenas pela activação localizada e súbita de um dos factores, o qual repercute, depois, em cascata, sobre os outros.", excerto de postagem inserida, ontem, no Diário de um Sociólogo
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