Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 16 de março de 2008

OS REFUGIADOS DA FOME


Organizar a fome e criminalizar os que fogem dela:
Sob a pressão dos comissários de Bruxelas, os polícias marroquinos repelem os africanos para o Sara . Sem provisões nem água. Centenas, talvez milhares, morrem nas rochas e nas areias do deserto .
Estima-se que, todos os anos, cerca de dois milhões de pessoas tentam entrar ilegalmente no território da União Europeia e que, destes, cerca de dois mil morrem no Mediterrâneo e outros tantos nas ondas do Atlântico. Para defender a Europa contra estes migrantes, a União Europeia pôs de pé uma organização militar semiclandestina que se chama Frontex. Esta agência gere as «fronteiras externas da Europa».
Ela dispõe de navios rápidos (e armados) de intercepção no alto mar, de helicópteros de combate, de uma frota de aviões de vigilância munidos de câmaras ultra-sensíveis e de visão nocturna, de radares, de satélites e de meios sofisticados de vigilância electrónica a longa distância.
Face aos consideráveis donativos em espécie dados pela Frontex aos dirigentes africanos, poucos de entre eles recusam a instalação destes campos. A Argélia salva a honra. O presidente Abdelaziz Bouteflika afirmou: «Nós recusamos estes campos. Não seremos os carcereiros dos nossos irmãos». Confira aqui

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