Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 16 de abril de 2008

BERLUSCONI: BANALIZAÇÃO DA POLITICA EUROPEIA


O deputado alemão Martin Schulz, líder da bancada social-democrata no Parlamento Europeu, afirmou que a eleição de Silvio Berlusconi como novo chefe de governo italiano levará a uma "banalização da política européia".
Schulz, não é o único descontente. Em Bruxelas e em outras cidades européias, a euforia é pouca com a eleição do candidato populista de centro-direita.
O diário de economia Handelsblatt analisa a vitória de Berlusconi como uma derrota para a Europa.
Recorda o apoio que Berlusconi deu a George W. Bush na Guerra do Iraque.
Enquanto França e Alemanha se distanciavam de Bush, Berlusconi enviava seus soldados ao Iraque, contribuindo para uma divisão interna da União Europeia.
O governo Prodi foi marcado pelo aumento de impostos e pelas tentativas de colocar o orçamento em ordem e de cumprir as metas de estabilidade da UE. Berlusconi, por outro lado, que nada fez nos cinco anos anteriores para resolver os problemas estruturais do país, decretou diversas amnistias fiscais, uma após a outra, para a alegria dos 30% de italianos que ganham seu dinheiro como profissionais liberais. Confira "aqui


Segundo o Diário Digital, Berlusconi, conservador, 71 anos, assegurou o terceiro mandado como primeiro-ministro na segunda-feira, mas deve a sua maioria na Câmara e no Senado ao apoio do partido xenófobo e proteccionista Liga Norte, que obteve cerca de 8% dos votos.
Indo de encontro à ideologia da Liga, Berlusconi prometeu duras medidas contra o crime, que muitos italianos atribuem à imigração ilegal, bem como ajudas à empresa aérea Alitalia e o fim da crise do lixo em Nápoles.
«Uma das primeiras coisas que farei é fechar as fronteiras e levantar mais campos para identificar cidadãos estrangeiros que não têm trabalho e são forçados a entrar na vida do crime», disse Berlusconi numa entrevista à televisão.
«Em segundo lugar, nós precisamos de mais polícia local constituindo um ´exército do bem` nas praças e nas ruas para se interpor entre o povo italiano e o ´exército do mal`», disse.

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