Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 12 de maio de 2008

TERRA SONÂMBULA


Esta longa-metragem, da realizadora portuguesa Teresa Prata, baseada no romance homónimo de Mia Couto, conquistou o Prémio de Melhor Realização no Festival Internacional de Cinema de Pune, na Índia.
Fez a estreia absoluta no Festival de Cinema de Montreal (Canadá), em Agosto; estreou-se na Europa em Outubro último, no Festival Internacional de Cinema de Mannheim-Heidelberg (Alemanha).
Em Lisboa, a estreia aconteceu neste mês de Maio.

A metáfora do romance é simples, escreve Mia Couto.
“Na altura eu denunciava a nossa progressiva perda de soberania, e uma crescente domesticação do nosso espírito de ousadia. Poderíamos ser uma nação mas não demasiado, poderíamos ser povo mas apenas se bem comportado”…
…O caminho que percorremos não foi exactamente escolhido por nós, nem está sendo testado à medida da nossa vontade. O nosso êxito não pode continuar a ser medido apenas pelo sucesso da aplicação de um directório de receitas políticas e financeiras. Ao contrário deveríamos ser valorizados pelo modo como repensamos criativamente o nosso lugar no mundo….
… Como é que se promove o desenvolvimento? Ele já está nascendo com a emergência de jovens que não se satisfazem com o discurso saturado da culpabilização dos outros sempre que analisa a situação interna do continente.
O maior desastre de África não é ser pobre mas ter sido empobrecida pela aliança entre a mão exploradora de fora e a mão conivente de dentro…
…Os africanos africanizaram a mandioca. As elites fizeram o mesmo com as reformas estruturais”

5 comentários:

Jonathan McCharty disse...

Prezado Agry!

Adicionei-o aos meus "elos" no meu blogue (ainda no seu primeiro gatinhar). Espero que não esteja a incorrer em matérias do fórum de "invasão de propriedade privada/intelectual"!

Abraço

AGRY disse...

Caro Jonatham
Não está, seguramente. Obrigado pela distinção.
Com prazer, irei juntá-lo à lista dos "meus blogs"
Abraço

Jonathan McCharty disse...

Obrigado pelo add!
Tenha uma optima semana!

AGRY disse...

A gente vai-se encontrando...por aí
Também para si

Anónimo disse...

Oi, amigo querido
que bom que vc apareceu. Blog inteligente (e o seu Navegador Solitário está entre eles) é o blog feito com muito bom gosto e bom conteúdo.
Andava com saudades das suas visitas.Ve se aparece com mais frequencia.Beijos
Milu