Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 13 de junho de 2008

ASSOCIAÇÕES DE IMIGRANTES CONVOCAM PROTESTO CONTRA DIRECTIVA DE EXPULSÃO


Associações de imigrantes convocaram uma concentração para sábado, em protesto contra a directiva de Retorno. A medida - que as associações dizem ser a directiva da expulsão - pretende harmonizar as diferentes políticas de imigração dos 27 e conceder-lhes mais poder para repatriar imigrantes indocumentados. Para Gustavo Behr, presidente da Casa do Brasil, é lamentável que no Ano Europeu do Diálogo Intercultural, a Europa, em vez de se centrar nas questões da integração e da igualdade, aposte nos procedimentos de expulsão.
A concentração realiza-se em frente ao Memorial da Tolerância, no Largo de São Domingos, em Lisboa (ao lado da Ginginha), pelas 15h do próximo sábado, e deverá contar com o apoio de associações de imigrantes, de direitos humanos, de sindicatos e ONGs.
A Directiva de Retorno teve o texto final acordado na última quinta-feira, numa reunião de ministros do Interior da UE, no Luxemburgo, e agora depende da aprovação do Parlamento Europeu
São vários os aspectos vergonhosos desta directiva. Vejamos apenas estes:
- fixação, em dezoito meses, do período máximo de detenção de imigrantes sem papéis, antes da sua deportação. sendo depois proibida a sua entrada no território da UE, durante cinco anos;
- as crianças podem ser detidas, mesmo que por um período "tão breve quanto possível".
Actualmente, Portugal não é só um país de recepção de imigração, advertiu: "Hoje há mais portugueses a sair do que imigrantes que demandam o nosso País", declarou Timóteo Macedo, responsável da Associação Solidariedade Imigrante.Confira aqui

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