FARC ROMPEM SILÊNCIO: PREGAM A PAZ MAS NÃO A DAS SEPULTURAS

O presidente Álvaro Uribe e as autoridades militares da Colômbia apresentaram a operação como um resgate "impecável", mas desde o primeiro momento os analistas puseram em dúvida a versão oficial. Uma emissora suíça qualificou-a de "farsa", viabilizada através de um suborno de US$ 20 milhões. Só agora, porém, a guerrilha comentou o episódio.
O comunicado traz a data do dia 5 (sábado passado) e é assinado pelo Estado-Maior Central das Farc-EP (Exército Popular, grupo guerrilheiro que se unificou com as Farc), dirigidas por Alfonso Cano, desde a morte do veterano líder Manuel Marulanda, em maio passado. Veja a íntegra:
"1. A fuga dos 15 prisioneiros de guerra, na quarta-feira passada, 2 de julho, foi conseqüência direta da desprezível conduta de César e Enrique, que traíram seu compromisso revolucionário e a confiança neles depositada.
2. Independente de um episódio como o ocorrido, inerente a qualquer confrontação política e militar, onde se apresentam vitórias e revezes, manteremos nossa política de concretizar acordos humanitários que logrem o intercâmbio [de prisioneiros] e além disso protejam a população civil dos efeitos do conflito. Caso persista no resgate como única via, o governo deve assumir todas as conseqüências de sua decisão temerária e aventureira.
3. A luta para libertar os nossos e outros combatentes políticos presos sempre estará na ordem do dia no conjunto das unidades das Farc, especialmente sua direção. Trazemos a todos eles na mente e no coração.
4. O caminho para obter transformações revolucionárias nunca foi fácil em nenhuma parte do mundo, longe disso. Portanto nosso compromisso se aprofunda diante de cada desafio ou dificuldade.
5. A paz que a Colômbia necessita deve ser resultado de acordos que beneficiem as maiorias. Não será a paz das sepulturas, baseada na corrupção, no terrorismo de Estado, na felonia e traição. As causas da luta das Farc-EP continuam vivas. O presente é de luta, o futuro nos pertence."Confira aqui
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