CAUSAS DA FOME MUDARAM
No passado, a principal causa da fome era a falta de alimentos, Hoje, existem alimentos disponíveis, mas a população mais pobre não consegue ter acesso a eles por falta de recursos financeiros.
“Hoje, a fome tem a cara da falta de dinheiro e não da falta de produtos. Faltam bons empregos, uma melhor distribuição do rendimento e um maior poder de compra para as pessoas conseguirem consumir o que necessitam”, explica o o director para América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano.
Por seu turno,a filha de Josué de Castro, a socióloga Anna Maria Castro, recorda que a geografia da fome mudou porque o país se industrializou e a população deixou de ser maioritariamente rural. Para ela, isso piorou a situação. “Antes, você tinha alguma forma de sobrevivência da pequena propriedade, que foi sendo eliminada. A grande denúncia dele [de Josué] era contra o latifúndio e a monocultura e por uma reforma agrária para que todos pudessem ter a terra para poder se alimentar”, afirma.
De acordo com Graziano, que foi o primeiro coordenador do programa Fome Zero, a FAO estima que hoje existam cerca de 60 milhões de subnutridos na América Latina e 880 milhões no mundo, o que representa quase 15% da população mundial. O conceito de subnutrido é aplicado às pessoas que não consomem, no mínimo, 2,2 mil calorias por dia. Graziano explica que o número aumentou nos dois últimos anos por causa da alta dos preços dos alimentos.Confira aqui
“Hoje, a fome tem a cara da falta de dinheiro e não da falta de produtos. Faltam bons empregos, uma melhor distribuição do rendimento e um maior poder de compra para as pessoas conseguirem consumir o que necessitam”, explica o o director para América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano.
Por seu turno,a filha de Josué de Castro, a socióloga Anna Maria Castro, recorda que a geografia da fome mudou porque o país se industrializou e a população deixou de ser maioritariamente rural. Para ela, isso piorou a situação. “Antes, você tinha alguma forma de sobrevivência da pequena propriedade, que foi sendo eliminada. A grande denúncia dele [de Josué] era contra o latifúndio e a monocultura e por uma reforma agrária para que todos pudessem ter a terra para poder se alimentar”, afirma.
De acordo com Graziano, que foi o primeiro coordenador do programa Fome Zero, a FAO estima que hoje existam cerca de 60 milhões de subnutridos na América Latina e 880 milhões no mundo, o que representa quase 15% da população mundial. O conceito de subnutrido é aplicado às pessoas que não consomem, no mínimo, 2,2 mil calorias por dia. Graziano explica que o número aumentou nos dois últimos anos por causa da alta dos preços dos alimentos.Confira aqui
2 comentários:
Existe um excesso de produção no primeiro mundo mas que, por sua vez, não é escoado para o terceiro mundo por questões económicas, entre outras, pois não se considera rentável o transporte e distribuição do excesso de alimentos e de outros bens para África e outras zonas carenciadas. As assimetrias são enormes, como se sabe. Mas também não é a "caridade" que vai resolver o problema dos países pobres, mas sim a "revolução" nas suas dinâmicas políticas. A questão principal, creio, é a corrupção e a falta de estruturas sócioeconómicas, que não permitem o desenvolvimento. E o pior é que não se vislumbra facilmente uma luz ao fundo do túnel.
Enquanto não houver real interesse do primeiro mundo em desenvolver o terceiro, este continuará nesse patamar de pobreza. No entanto, verifica-se a necessidade de expandir mercados, o que poderá conduzir a algum desenvolvimento destes para poderem consumir... enfim, talvez a solução passe por aí...
Bjs
Paula Crespo
As estatísticas demonstram que a produção de cereais nunca foi tão alta como no ano passado.
O aumento de preços resulta do desvio de uma parte da produção para agrocombustíveis.Hoje, as reservas globais de alimentos estão no nível mais baixo nos últimos 25 anos devido; também, à desregulação dos mercados da responsabilidade da OMC
Os combustíveis industriais podem alimentar automóveis mas não pessoas
Bjs
Enviar um comentário