Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

AS FARC ACEITAM NEGOCIAR ACORDO HUMANITÁRIO E PAZ NA COLÔMBIA

Cartas trocadas entre um numeroso grupo de intelectuais colombianos «partidários da solução política para os problemas da guerra e da paz» no seu país, e a carta de aceitação das conversações do Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP, ontem divulgadas na Colômbia, foram publicadas no Diário.info Podem ser lidas na íntegra aqui “Esta carta é já o começo do intercâmbio epistolar que nos propõem para discutir sobre uma saída política para o conflito, a troca humanitária e a paz. Participaremos com os olhos no povo, num diálogo amplo, franco, sem dogmatismos, sem sectarismos e sem desqualificações dos temas que nos sugerem. É necessário esforçarmo-nos na procura do compromisso entre o maior número possível de organizações políticas e sociais, e de pessoas independentes.
A nossa disposição de explorar as possibilidades para a troca humanitária e a paz com justiça social, que é hoje o clamor e a necessidade mais urgente e sentida por toda a nação, continua imutável. A libertação unilateral de seis ex congressistas no passado recente, entregues ao Presidente Hugo Chávez e à senadora Piedad Córdoba, procurava criar condições e ambientes propícios à troca de prisioneiros em poder das partes em conflito. Este facto é testemunho probatório da nossa vontade política.”

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