Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 7 de novembro de 2010

MANIFESTAÇÃO JUNTOU CEM MIL EM LISBOA

CONTRA O ROUBO NOS SALÁRIOS

A manifestação da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, juntou ontem, em Lisboa, cerca de 100 mil pessoas , entre as quais se fizeram notar os reformados, médicos, enfermeiros e polícias, contra as medidas de austeridade do Governo.

O PS e o PSD foram os alvos da crítica, nas figuras de Sócrates, Cavaco e Passos Coelho. E foi ao som de frases como "a redução salarial enche a pança ao capital", "injustiças sociais, arre porra, que já é demais" e "não ao roubo dos salários", que a multidão desfilou na avenida da Liberdade até à praça dos Restauradores (Correio da Manhã)

Num dos passeios da Avenida, a voz sumida de uma mulher já idosa que tentava repetir as palavras de ordem. "Estou sozinha. Venho, porque tenho medo que eles [Governo] me tirem a reforma que recebo do meu marido [já falecido]. São 70 ou 80 contos, não sei bem. Pago 35 [contos] de renda de casa e depois tenho a água, a luz, o gás, a comida e os remédios... Se me tiram a reforma do meu marido, não tenho nada. Por isso é que venho sempre", contou ao PÚBLICO Maria Rita Marques, que passou "47 anos a limpar o chão, as paredes e os tectos da Shell".(Público)

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