O RESTO DO QUE RESTA
O jornalista procurava esclarecer os motivos que a levavam a comemorar o aniversário do 25 de abril, enfrentando a chuva que caía, e a manifestante, já avó, disse-lhe que, desfilar na avenida, era uma forma de defender o resto do que resta.
Poder de síntese e sabedoria no seu estado puro.
Aquela mulher do povo queria dizer, na sua simplicidade, que vale a pena resistir, apesar da brutalidade do ataque feito aos direitos mais elementares dos trabalhadores e aos fatores de desenvolvimento, independência e soberania do estado português....
O resto do que resta é, apesar de tudo, muito, se nele incluirmos a dignidade e a capacidade de indignação e revolta. Síntese dum texto de Demétrio Alves)
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