Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O RESTO DO QUE RESTA


O jornalista procurava esclarecer os motivos que a levavam a comemorar o aniversário do 25 de abril, enfrentando a chuva que caía, e a manifestante, já avó, disse-lhe que, desfilar na avenida, era uma forma de defender o resto do que resta.
Poder de síntese e sabedoria no seu estado puro.
Aquela mulher do povo queria dizer, na sua simplicidade, que vale a pena resistir, apesar da brutalidade do ataque feito aos direitos mais elementares dos trabalhadores e aos fatores de desenvolvimento, independência e soberania do estado português....
O resto do que resta é, apesar de tudo, muito, se nele incluirmos a dignidade e a capacidade de indignação e revolta. Síntese dum texto de Demétrio Alves)

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