Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Estado que sentem distante e insensível

As estações televisivas do país dedicaram muito espaço nos seus noticiários das 20 horas às manifestações hoje realizadas nas cidades de Maputo, Beira e Quelimane. Milhares de pessoas dos mais variadas origens sociais e religiosas, homens e mulheres, idosos e crianças, tiveram uma só voz num impressionante movimento social: a da crítica a um Estado que sentem distante e insensível, a da exigência de um Estado cidadão e incorruptível que as proteja e as liberte do medo. O que hoje se passou de forma pacífica mas veemente e bem organizada, mostra quanto o Estado deve ser repensado no tocante à segurança pública e às promessas que faz e que - disseram muitas pessoas - não cumpre. (Publicado por Carlos Serra no Diário de um Sociólogo)

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