A IDEOLOGIA DO CONSENSO (5)
Quinto número da série
Numerosos países endividados passam, desse modo, à tutela do sistema financeiro internacional que, por sua vez, recoloniza os países sob resgaste financeiro.
Esta agiotagem exercida sobre os países periféricos obedece a uma estratégia que visa a financeirização dos países do norte, alimentando um retrocesso na distribuição social do excedente produtivo, traduzido no aumento generalizado da desigualdade económica e social nas nações desenvolvidas e em desenvolvimento
Associado a isto, surge a concentração da riqueza, o controle das tecnologias e dos mercados, a destruição de direitos laborais, a redução salarial e o aumento do desemprego.
No neoliberalismo, como, aliás, noutras religiões, a manipulação é a pedra angular que permite arregimentar fiéis. O que realmente leva os indivíduos a acreditar no neoliberalismo não é nenhum argumento intelectual. A maioria das pessoas acredita porque, em circunstâncias adversas - como a ameaça de desemprego – recaem sobre elas doses maciças de doutrinação. Os sacerdotes do neoliberalismo repetem, até à exaustão, a inevitabilidade e a ausência de alternativa ao modelo neoliberal. Esta ideologização pretende atingir, em primeiro lugar, os sectores mais fragilizados da sociedade.
Para Samir Amin, o crescimento explosivo do investimento financeiro requer, e alimenta-se, da existência de
dívida
em todas as suas formas, especialmente da dívida soberana. Quando os
governos que estão no Poder dizem estar perseguindo a redução da
dívida, estão mentindo deliberadamente.
Para concretizar a estratégia de financeirização dos monopólios necessita-se o crescimento da dívida, algo que na realidade os monopólios buscam mais que combatem, como um modo de absorver o lucro dos monopólios. As políticas de austeridade impostas para "reduzir a dívida", tiveram como resultado (tal e como se pretendia) o incremento do volume desta.Numerosos países endividados passam, desse modo, à tutela do sistema financeiro internacional que, por sua vez, recoloniza os países sob resgaste financeiro.
Esta agiotagem exercida sobre os países periféricos obedece a uma estratégia que visa a financeirização dos países do norte, alimentando um retrocesso na distribuição social do excedente produtivo, traduzido no aumento generalizado da desigualdade económica e social nas nações desenvolvidas e em desenvolvimento
Associado a isto, surge a concentração da riqueza, o controle das tecnologias e dos mercados, a destruição de direitos laborais, a redução salarial e o aumento do desemprego.
No neoliberalismo, como, aliás, noutras religiões, a manipulação é a pedra angular que permite arregimentar fiéis. O que realmente leva os indivíduos a acreditar no neoliberalismo não é nenhum argumento intelectual. A maioria das pessoas acredita porque, em circunstâncias adversas - como a ameaça de desemprego – recaem sobre elas doses maciças de doutrinação. Os sacerdotes do neoliberalismo repetem, até à exaustão, a inevitabilidade e a ausência de alternativa ao modelo neoliberal. Esta ideologização pretende atingir, em primeiro lugar, os sectores mais fragilizados da sociedade.
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