Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 28 de abril de 2008

PAÍS PRECÁRIO (2)


O primeiro-ministro, José Sócrates, acusou ontem o PCP e o BE de sectarismo e de fazerem do PS o "inimigo principal", numa resposta às críticas daqueles partidos às propostas do Governo para alterar as leis laborais.
"Os partidos à nossa esquerda (...) falam da precariedade. O PS apresenta medidas contra a precariedade, medidas que nunca foram apresentadas, e ainda assim acham que devem continuar a atacar o Governo e o Partido Socialista. A isso chama- -se sectarismo e puro facciosismo e vontade de atacar o PS e o seu Governo", afirmou José Sócrates.(Diário de Noticias)

São os trabalhadores precários, os desempregados e os condenados ao desemprego que constituem o clientelismo da esquerda, senhor primeiro-ministro e senhor ministro do trabalho?
Sejam sérios, senhores governantes!
O deserto de ideias não é, nunca foi, um traço definidor da esquerda.
A defesa intransigente dos trabalhadores precários e dos desempregados (presentes e futuros) tem sido assumida por quem, senhor primeiro-ministro?
Como cidadão livre dum Estado de Direito, proponho ao senhor primeiro-ministro que demonstre aos portugueses, de forma inequívoca, humildade intelectual e capacidade de autocrítica e que se assuma, de forma definitiva, como um politico de direita.
As suas acrobacias já não conseguem iludir ninguém! Com que então o PS apresenta medidas contra a precariedade, medidas que nunca foram apresentadas!
Depois de Caetano quem governou Portugal? Não foi o Bloco Central, a nova direita, representada pelos sociais-democratas e socialistas que se enamoraram, e se comprometeram, com o neoliberalismo e a actual globalização?
Vamos responsabilizar a esquerda pela promiscuidade entre a politica e os grandes empresários?
O pensamento único, o esvaziamento democrático, o autoritarismo galopante têm sido praticados por quem, senhor primeiro-ministro?
O PS não é um partido tendencialmente de esquerda, isto é um grande equívoco. Não é a autoproclamação que converte um partido de direita, ou de nova direita, num partido de esquerda. Haja pudor! O PS um partido socialista?
Um governo PS que confunde autoridade com autoritarismo, democracia com pensamento único, determinação com arrogância, precaridade com fretes ao patronato, segurança social com companhias de seguros, desenvolvimento com crescimento dos lucros da banca, SNS com privatização, é verdadeiramente alarmante e insultuoso para os cidadãos deste País!
Finalmente, faço questão de lhe recordar que o senhor não tem passado politico que o recomende como um defensor dos trabalhadores, ou do que quer que seja ,exceptuando, claro, as oligarquias politicas e financeiras.
Recorda-se das suas origens ideológicas? Haja pudor!
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