Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 4 de maio de 2008

OS DIREITOS SÓ PARA ALGUNS


“A política é simples, quando se quer”…
Michel Collon* -

Quais são exactamente as regras que regem a secessão e em geral, o que se chama autodeterminação dos povos?
Parece complicado, principalmente se acreditarmos nos nossos grandes meios de comunicação…

•Na Ásia, os tibetanos têm direito. Mas os iraquianos não, nem os afegãos.

•No Médio Oriente, os israelitas têm direito. Mas os palestinos não, nem os curdos.

•Em África os coronéis mafiosos do Este do Congo têm direito, mas o Sahara Ocidental não.

•Na América Latina as províncias ricas (de direita) da Bolívia e da Venezuela têm direito, mas os camponeses guaranis em Santa Cruz, na Bolívia, não

•Nas Balcãs, os albaneses do Kosovo, têm direito, mas não os sérvios do Kosovo, nem os da Bósnia.

•Na Europa Ocidental, os flamengos teriam direito, mas não os irlandeses do norte, nem os bascos.

Na verdade é complicado. E se simplificássemos tudo isto? Ninguém teria direito à autodeterminação para além dos estão «connosco». Os outros não.

E, já que estamos nesta, substituamos a palavra «democrata» por «connosco» e a palavra «terrorista» por «contra nós».

A política é simples, quando se quer. Confira aqui

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