Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 17 de junho de 2008

ACADÉMICOS PALESTINOS DEFENDEM HAMAS COMO MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO


Descrito como grupo extremista e terrorista pelos países ocidentais, o Hamas é visto internamente pelos palestinos como um movimento de resistência à ocupação israelita, segundo acadêmicos de origem palestina. É Israel, dizem, que precisa aceitar o Hamas e negociar uma solução pacífica para a região, e não o contrário.
“Não se pode comparar a al-Qaeda com o Hamas”, disse o pesquisador Zaki Chehab, editor político de uma rede de TV árabe com base em Londres. “A ONU tem uma resolução que dá ao povo o direito de lutar contra ocupação estrangeira. O Hamas está lutando pela liberdade. Isso não é terrorismo
Quase de forma ensaiada, o cientista político Azzam Tamimi repete o discurso de Chehab, e aponta Israel como a origem dos conflitos violentos. “Israel está ocupando a Palestina e matando sua população. Os palestinos têm o direito de se defender. O Hamas não começou este conflito, ele é resultado de uma crise criada pela ocupação” .
“Não importa que Israel considere o Hamas terrorista, só importa o que os palestinos consideram” disse Tamimi. “Para os palestinos, o Hamas é um movimento de libertação nacional, que representa exatamente o que o povo palestino quer alcançar” .
“O problema não está no Fatah ou no Hamas, mas em Israel, que não cede nas negociações e continua ocupando territórios palestinos. Os palestinos não invadiram o território israelense, foi o contrário”, declarou Chehab, que é autor de “Inside Hamas - The Untold Story of the Militant Islamic Movement” (Por dentro do Hamas – A história não contada do movimento islâmico de militância)
Não se pode pedir à vítima que reconheça os direitos do seu algoz, do ocupante dos seus territórios. É o oposto. Israel precisa reconhecer os direitos do povo palestino”
Para Chehab, os grupos políticos precisam voltar a unificar a força palestina, a fim de reforçar a defesa pela libertação. “Tanto Hamas quanto Fatah sabem que eles se enfraqueceram com a luta interna. A única solução é voltar a unir os dois grupos, e reforçar a luta pelos direitos palestinos.” Confira aqui

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