Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A CASA BANCA

''O paradigma neoliberal da racionalidade superior do mercado, desde que “bem regulado”, foi irremediavelmente comprometido

Há uns meses, referimo-nos, neste espaço, ao agravamento da crise financeira mundial:
“Concluindo a inutilidade de tentar esconder o sol com a peneira, O FMI vem, a público, reconhecer o que toda agente conhece. A crise está aí e para ficar. É a fase senil do capitalismo. É o reconhecimento, implícito, do falhanço das politicas neoliberais, tanto no terreno social quanto económico”.
Recordámos, então, declarações de John Lipsky, primeiro vice-diretor do FMI:
“os riscos de uma escalada adicional da crise estão crescendo e uma ação política decisiva será exigida para colocar o sistema financeiro global e a economia em uma base mais
firme"


Na última semana a Administração Bush tentou restabelecer a confiança nos mercados ao estatizar provisoriamente dois gigantes financeiros - Fannie Mae a Freddie Mac - numa iniciativa inédita, e simultaneamente patrocinou a compra pelo Bank of America da Merril Lynch, outro colosso à beira do abismo. Entretanto, a falência do Lehmon Brothers, quarto banco de investimentos do mundo, acentuou o pânico em Wall Street e nas bolsas europeias e asiáticas

Alan Greenspan, o anterior Presidente da Reserva Federal, define a crise como a maior desde 1929 e prevê como inevitável a falência de mais instituições financeiras, sendo imprevisível o desfecho do furacão que devasta o sistema financeiro mundial
IMAGEM DAQUI

6 comentários:

Jorge Saiete disse...

olha, a crise dos mercados financeiros vem relançar o velho debate sobre a capacidade do mercado livre e concorrencial puder estabilizar e desenvolver uma economia. O ocidente, e especial o FMI apadrinhado pelos EUA,foi sempre defensor do neoliberalismo e condendou com veemencia "o chamado estado do bem estar" só que agora parece que a bala saiu-lhe pela culatra. Eles são os primeiros a injectar fundos públicos em empresas privadas para evitar a sua derrapagem. curioso isto e muito curioso quando ainda temos na mente que, a anos eles aconselharam Moçambique a deixar sucumbir a industria do caju, argumentando que não se devia meter nariz no mercado pois a mão invisivel abençoaria tudo.
Abraço

AGRY disse...

As perdas dos bancos americanos, europeus, japoneses e até chineses podem se ampliar. Assim, a crise não só se vai mundializando como se transformando numa crise sistémica

AGRY disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
AGRY disse...

Desculpa, estava ininteligível
István Mészáros um dos maiores marxistas vivos e pai da obra Para além do Capital,diz:
"Quando falamos acerca de uma crise financeira, ela é realmente apenas um sintoma... Aventureirismo financeiro é essencialmente o que temos estado a testemunhar durante os últimos trinta ou quarenta anos, explodindo de tempos em tempos na forma de crise financeira. O capital especulativo é realmente aventureiro, ele tem de achar de algum modo uma solução para si próprio."
Abraço

Anónimo disse...

Gostei de navegar pelo teu blogue, mas não deixo de estranhar a ausência de Timor-Leste. esse bravo povo que tanto tem sofrido para manter sua dignidade e independência. Gostaria de encontrar informação, temas e links sobre esse novo elo da língua portuguesa no Extremo-Oriente!

AGRY disse...

Ao visitante anónimo
Obrigado pela observação. Foi uma questão adiada por, na altura, não dispor de sites credíveis. Corrigi, um pouco, a situação