A CASA BANCA
''O paradigma neoliberal da racionalidade superior do mercado, desde que “bem regulado”, foi irremediavelmente comprometido
Há uns meses, referimo-nos, neste espaço, ao agravamento da crise financeira mundial:
“Concluindo a inutilidade de tentar esconder o sol com a peneira, O FMI vem, a público, reconhecer o que toda agente conhece. A crise está aí e para ficar. É a fase senil do capitalismo. É o reconhecimento, implícito, do falhanço das politicas neoliberais, tanto no terreno social quanto económico”.
Recordámos, então, declarações de John Lipsky, primeiro vice-diretor do FMI:
“os riscos de uma escalada adicional da crise estão crescendo e uma ação política decisiva será exigida para colocar o sistema financeiro global e a economia em uma base mais firme"
Na última semana a Administração Bush tentou restabelecer a confiança nos mercados ao estatizar provisoriamente dois gigantes financeiros - Fannie Mae a Freddie Mac - numa iniciativa inédita, e simultaneamente patrocinou a compra pelo Bank of America da Merril Lynch, outro colosso à beira do abismo. Entretanto, a falência do Lehmon Brothers, quarto banco de investimentos do mundo, acentuou o pânico em Wall Street e nas bolsas europeias e asiáticas
Alan Greenspan, o anterior Presidente da Reserva Federal, define a crise como a maior desde 1929 e prevê como inevitável a falência de mais instituições financeiras, sendo imprevisível o desfecho do furacão que devasta o sistema financeiro mundial
IMAGEM DAQUI
6 comentários:
olha, a crise dos mercados financeiros vem relançar o velho debate sobre a capacidade do mercado livre e concorrencial puder estabilizar e desenvolver uma economia. O ocidente, e especial o FMI apadrinhado pelos EUA,foi sempre defensor do neoliberalismo e condendou com veemencia "o chamado estado do bem estar" só que agora parece que a bala saiu-lhe pela culatra. Eles são os primeiros a injectar fundos públicos em empresas privadas para evitar a sua derrapagem. curioso isto e muito curioso quando ainda temos na mente que, a anos eles aconselharam Moçambique a deixar sucumbir a industria do caju, argumentando que não se devia meter nariz no mercado pois a mão invisivel abençoaria tudo.
Abraço
As perdas dos bancos americanos, europeus, japoneses e até chineses podem se ampliar. Assim, a crise não só se vai mundializando como se transformando numa crise sistémica
Desculpa, estava ininteligível
István Mészáros um dos maiores marxistas vivos e pai da obra Para além do Capital,diz:
"Quando falamos acerca de uma crise financeira, ela é realmente apenas um sintoma... Aventureirismo financeiro é essencialmente o que temos estado a testemunhar durante os últimos trinta ou quarenta anos, explodindo de tempos em tempos na forma de crise financeira. O capital especulativo é realmente aventureiro, ele tem de achar de algum modo uma solução para si próprio."
Abraço
Gostei de navegar pelo teu blogue, mas não deixo de estranhar a ausência de Timor-Leste. esse bravo povo que tanto tem sofrido para manter sua dignidade e independência. Gostaria de encontrar informação, temas e links sobre esse novo elo da língua portuguesa no Extremo-Oriente!
Ao visitante anónimo
Obrigado pela observação. Foi uma questão adiada por, na altura, não dispor de sites credíveis. Corrigi, um pouco, a situação
Enviar um comentário