Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 30 de abril de 2011

MEU MAIO

PRIMEIRO DE MAIO

"Meu Maio" (Vladimir Maiakovski)
A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu Maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o Maio que eu quero!
Sou terra –
O Maio é minha era!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

RÚSSIA: A RIQUEZA NAS MÃOS DE 0,2% DAS FAMILIAS EXISTENTES

GORBACHEV

Em 2011 cerca de 70% da riqueza nacional da Rússia se concentra nas mãos de 0,2% das famílias existentes no país, declarou nesta quarta-feira o vice-presidente do Tribunal de Contas do país, Valiéri Goriegliad.

A disparidade social na Rússia hoje é consequência directa da reinstauração do capitalismo no país, há 20 anos, em primeiro lugar sob a batuta de Mikhail Gorbachov, que desintegrou o que restava do socialismo na URSS e em seguida à completa capitulação promovida por Boris Iéltsin.( Vermelho)

ACORDO ENTRE A FATAH E O HAMAS NA PALESTINA

Haniyeh_Khalil_Hamra_AP_TL

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu,  afirmou que a Autoridade Palestiniana terá de escolher entre fazer a paz com o Hamas ou com Israel: “O Hamas deseja destruir Israel e diz isto abertamente", declarou. Para ele, a própria ideia de reconciliação com o Hamas "demonstra a fraqueza da Autoridade Palestiniana e a possibilidade de o Hamas tomar o controlo da Cisjordânia, como fez na Faixa de Gaza".

Em resposta, o porta-voz da Autoridade Palestiniana, Nabil Abu Rodeina, disse que "Netanyahu deve escolher – ou uma paz justa e abrangente, com um povo palestino unificado, ou os colonatos".

quarta-feira, 13 de abril de 2011

COSTA DO MARFIM: O QUE OS MÉDIA NÃO CONTAM

LAURENT GBAGBO

Deposição de Gbagbo não é vitória da democracia, mas consagração da presença francesa no país.No Blog do Velho Mundo:

“A guerra, na Costa do Marfim, ainda não acabou. Pode ser que venha a acabar, se Ouattara, o vencedor no campo do conflito, conseguir colocar-se na posição de magistrado, mediar conflitos num país dividido, neutralizar os grupos armados mais belicosos de seu próprio lado e agir no sentido de reconciliar as diversas facções políticas, étnicas e religiosas. Significativamente, por exemplo, as comemorações mais ruidosas de sua vitória se deram no bairro de Abobo, densamente povoado por migrantes do norte do país”.Confira aqui

A RELEVÂNCIA DAS AGÊNCIAS DE RATING E O RISCO DE ABUSO DE POSIÇÃO DOMINANTE

agencia-de-rating-americanas
Com base no facto de três das mais importantes agências de notação financeira, MOODY’S FITCH, e STANDARD & POOR’S, noticiarem e divulgarem, diariamente, classificações de rating que, com manifesto exagero e sem bases rigorosamente objectivas, penalizam os interesses portugueses, originando uma subida constante, dos juros da dívida soberana, três economistas entregaram ao Procurador-Geral da República «uma queixa contra estas agências de rating, com vista a abertura de um inquérito pelo crime de manipulação do mercado.
O conteúdo desta queixa está disponível aqui
NOTA: O documento é subscrito por quatro economistas: José Reis e José Manuel Pureza, da universidade de Coimbra, e Manuel Brandão e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

domingo, 10 de abril de 2011

MARQUÊS DE POMBAL E A DEPENDÊNCIA DE PORTUGAL

FMI
Defendendo uma política mercantil e proteccionista, o Marquês de Pombal aplicou um conjunto de medidas, com o objectivo de valorizar a produção nacional e de libertar o país da dependência económica relativamente à Inglaterra. Em termos económicos gerais, houve uma redução no défice da balança comercial com o estrangeiro e assistiu-se a um importante contributo para o arranque da indústria portuguesa.
Deixemo-nos guiar pelo Marquês de Pombal que já em 1755 escrevia o seguinte:
“A monarquia portuguesa agonizava. Os ingleses haviam reduzido o país a uma situação de forte dependência. Tinham-no conquistado sem os incómodos da conquista…Portugal estava debilitado e apático e todos os seus movimentos se regiam pelos desejos de Inglaterra…Em 1754, Portugal não produzia o suficiente para a sua própria sobrevivência. Dois terços das necessidades físicas eram satisfeitas pela Inglaterra…A Inglaterra tornara-se senhora de todo o comércio de Portugal e todo o comércio do país era controlado pelos seus agentes. Os ingleses eram simultaneamente fornecedores e retalhistas de todos os bens que o país necessitava. Detendo o monopólio de tudo, nenhum negócio passava por outras mãos que não as suas…Os ingleses vieram a Lisboa para monopolizar o próprio comércio do Brasil…Após realizarem fortunas fabulosas, os estrangeiros desapareciam, levando consigo as riquezas nacionais” (Do Subdesenvolvimento Capitalista, p.20 de André Gunder Frank)
Tudo isto, como se percebe, a propósito da “inevitabilidade” do concubinato com o FMI
O país que “segue a receita do FMI cegamente corre o risco de acabar num abismo”. (Jeffrey Sachs economista americano)
Ontem, os islandeses rejeitaram, em referendo, o pagamento de uma dívida de quatro mil milhões de euros a credores externos. Na primeira consulta popular de 2010, mais de 90% dos islandeses rejeitou contrair uma dívida pública que se prolongaria por vários anos. 
A Argentina, sob o governo de Juan Domingo Perón (1946- 1955), nunca ratificou a Carta da OEA e o Tratado de Bretton Woods, nem aderiu ao Fundo Monetário Internacional nem ratificou o Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio.
Desde então, após a queda de Perón em 1955, a Argentina sempre foi submetida, com breves interregnos, a políticas económicas liberais e planos de estabilização, recomendados pelo FMI e pelos governos dos EUA.
Atolada em dívidas, foi cair nos braços do Fundo Monetário Internacional (FMI), autoproclamado como instituição salvadora que vai impondo, onde pode, as velhas receitas: corte de salários e apoios sociais, privatizações, “flexibilização laboral”,etc.
O país afundou em 2001 e foi sacudido por rebeliões populares que acabaram abrindo caminho para a eleição de Néstor Kirchner em 2003. Encontrou uma economia destroçada e enfrentou sérios desafios para colocar a casa em ordem e foi obrigado a enfrentar poderosos interesses e não vacilou.Teve a coragem de questionar o FMI, a banca internacional e a relação de subserviência diante dos Estados Unidos.
Uma de suas primeiras providências na área económica foi propor um plano de reestruturação da dívida, que reduzia em 75% o seu valor.
O FMI deixou de dar ordens, os banqueiros estrangeiros “acalmaram”, aconselhados, em maior ou menor medida, pelos seus governos a aceitar os termos da renegociação definido por Kirchner.
Os indicadores económicos mostram que a estratégia de Néstor Kirchner foi um inquestionável sucesso. Durante os quatro anos do seu mandato (2003 a 2007), a economia argentina cresceu 44%, sem interrupção e com uma expansão média anual de 9%, performance inédita até então. O desemprego cedeu e as condições de vida do povo melhoraram visivelmente (ler O Vermelho, aqui)

sábado, 9 de abril de 2011

CONVERGÊNCIA DE ESQUERDA: PCP e BLOCO REUNEM-SE

REUNIÃO DO BLOCO E PCP

Delegações do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda reuniram-se hoje durante cerca de uma hora na Assembleia da República.

Ambos os partidos sublinharam que se têm cruzado em políticas convergentes na Assembleia da República e nas lutas sociais, e apoiam uma alternativa que não reúna apenas os dois partidos mas, também, todos os portugueses que defendem que é urgente uma  outra política em nome de uma mudança de rumo do país

Confira aqui e aqui 

Sobre este encontro, ocorre-me recordar que um dos problemas da esquerda em qualquer parte do mundo é a sua tendência à atomização. Depois, cada organização de esquerda adora autoproclamar-se como a detentora da verdade e lutar contra quem pensa diferente ainda que se situe na mesma margem ideológica!

Será que o diálogo vai prosseguir obedecendo ao imperativo de convergência da esquerda?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

FMI E OUTRAS INSTITUIÇÕES “DEMOCRÁTICAS”

O autor de Veias Abertas da América Latina,Eduardo Galeano,disse certa vez que escrever um livro é como colocar uma mensagem dentro de uma garrafa e atirá-la ao mar. “A possibilidade de que alguém a recolha e leia é sempre remota.”

“A globalização, para além do comércio internacional, nos impõe uma cultura universal, que se apoia no medo. Este é um mundo paralisado pelo medo que nos impede de mover, até de tomar medidas que eventualmente não sejam aceites pelo FMI”.(Galeano)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

FMI : O INTERNACIONALISMO MONETÁRIO

FMI

Reconhecendo a inutilidade de tentar esconder o sol com a peneira, Sócrates, (os banqueiros e similares) vem, a público,revelar o que toda agente conhece. A crise está aí e para ficar. É a fase senil do capitalismo. É o reconhecimento, implícito, do falhanço das politicas neoliberais, tanto no terreno social quanto económico.

Há uns meses, recordámos aqui José Mário Branco:

FMI no dizer de José Mário Branco quer dizer: Fundo Monetário Internacional ! É uma organização democrática dos países todos, que se reúnem, como as pessoas, em torno de uma mesa para discutir os seus assuntos, e no fim tomar as decisões que interessam a todos... É o internacionalismo monetário!

FMI

FMI Não há graça que não faça o FMI
FMI O bombástico de plástico para si
FMI Não há força que retorça o FMI

FMI Não há truque que não lucre ao FMI
FMI O heróico paranóico 'hara-quiri'
FMI Panegírico, pro-lírico daqui

FMI Não há lenha que detenha o FMI
FMI Não há ronha que envergonhe o FMI
FMI ...

FRANCISCO ASSIS ADMITE CONSENSO PRÉ ELEITORAL PARA PEDIR AJUDA EXTERNA

SEM VERGONHA

Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Rádio Renascença, Francisco Assis,líder da bancada socialista, defende que, se for necessário, os partidos devem entender-se antes das eleições para encontrar forma de pedir ajuda externa.“Uma situação de emergência exigirá soluções de emergência”.

No que respeita a resultados das próximas eleições não exclui a possibilidade de o próximo Governo vir a ser de Bloco Central, ainda que apenas num cenário pós-eleitoral.

IMAGEM DAQUI

terça-feira, 5 de abril de 2011

REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS: “PALADINOS DA LIBERDADE”

TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO
O francês Robert Ménard, fundador e líder da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), durante longas décadas, adormeceu muito boa gente com o seu “heroísmo” em defesa da liberdade de expressão
Na semana passada, porém, ele tirou de vez a máscara ao denunciar a sua simpatia pela Frente Nacional (FN), partido de extrema-direita francês, destilador de racismo e de ódio aos imigrantes
NOTA: O jornalista canadense Jean-Guy Allard denunciou em vários artigos e num livro o fato de que os RSF sejam financiados em parte pelo National Endowment for Democracy (NED) dos Estados Unidos.
Além disso, relatou seus vínculos com agentes confessos da CIA e o apoio financeiro que recebe da União Europeia. Em 2005, a UE entregou mais de 1 milhão de euros à RSF.(postado em 2007, aqui).
Sugiro a leitura duma análise de Altamiro Borges
IMAGEM DAQUI










segunda-feira, 4 de abril de 2011

COSTA DO MARFIM AGUARDA “BATALHA FINAL"

COSTA DO MARFIM

“No sábado, as forças pró-Ouattara prometeram uma “batalha final” em Abidjan contra os redutos de Gbagbo para tomar o controle total do país, mas a ofensiva não aconteceu”.

“A ONU e diversas Organizações não governamentais acusam os dois campos de promoverem violência em grande escada na região oeste da Costa do Marfim desde o início da ofensiva das forças pró-Ouattara”.(Crédito: RFI)

domingo, 3 de abril de 2011

MANIFESTAÇÃO PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO EM ANGOLA

Os manifestantes formaram um cordão humano de mais de 300 pessoas durante a manifestação de hoje, 2 de Abril, à volta do Largo da Independência, em Luanda, para exigir Liberdade de Expressão. Ouviram-se gritos de ordem como "O povo, unido, jamais será vencido!" e "ZéDú Fora!".

Está lançada em Angola “a semente para que um movimento geracional se levante contra o actual estilo de governação angolano, como afirmou,em Luanda,  António Ventura presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD)?