BOMBARDEAMENTOS ISRAELITAS CONTRA GAZA
O que ocorre em Gaza é um massacre, um genocídio, um crime contra a humanidade. A comunidade internacional pede(?) o fim das hostilidades, mas Israel avisa que continuará a ofensiva pelo tempo “que for necessário”. Esta arrogância só é possível porque conta com a cumplicidade da comunidade internacional, dos EUA em particular, e dos média ,como afirma Uri Avnery: A imprensa, hoje, é cachorrinho-de-madame, que procura a coleira e a traz nos dentes, para a entregar à patroa.
Apesar do estertor do moribundo governo de Bush, Condoleezza Rice surge em cena para apoiar, pela nésima vez, um dos mais execráveis e sanguinários regimes de toda a história da humanidade:“Os EUA condenam firmemente os ataques repetidos, com ‘rockets’ e morteiros contra Israel e responsabilizam o Hamas pela violação do cessar-fogo e o reinício da violência em Gaza”, declarou Condoleezza Rice, que se escusou a pedir o fim das operações militares israelitas”
A ocupação da Palestina tem por fundamento uma ideologia do século XIX que nega a existência de um povo. No dia de hoje os palestinianos continuam a não dispor de Estado, nem de forças armadas. Nossos ocupantes submetem-nos a toque de recolher, expulsões, demolições de casas, tortura legalizada e toda uma panóplia altamente elaborada de violações de direitos do homem. Os medias americanos chamam "terrorismo" à nossa busca de liberdade, assim o palestiniano preenche o papel do protótipo internacional do terrorista.Como é possível que a palavra "terrorismo" seja aplicada tão à vontade aos indivíduos ou aos grupos que utilizam bombas artesanais e não aos Estados que empregam a arma nuclear e outras armas proibidas assegurando a dominação do opressor? "terrorismo" é um termo político de que se serve o colonizador para desacreditar aqueles que resistem — do mesmo modo que os afrikaaners e os nazis qualificavam de "terroristas" os combatentes negros sul-africanos e os resistentes franceses.
As leis internacionais e os precedentes históricos de numerosas nações reconhecem o direito de uma população, quando elas se encontra sob o jugo de uma opressão colonial, a tomar armas na sua luta de libertação.Por que a situação seria diferente no caso dos palestinianos? Não é este o ponto de vista de uma regra do direito internacional e portanto de aplicação universal?
Por que deveríamos nós abandonar nossos direitos a resistir e a continuar a viver no reino do absurdo assassino?
A resistência é não é só um direito e um dever como também um remédio para os oprimidos. (síntese de um texto de Samah Jabr(1) publicado originalmente em The Washington Report on Middle East Affairs)
(1)Samah Jabr é uma médica palestiniana que vive na Jerusalém ocupada. Recebeu o prémio do Media Monitor's Network pela sua contribuição sobre a Intifada e alguns dos seus artigos foram publicados no International Herald Tribune, Philadephia Inquirer,Haaretz, Australian Options, The New Internationalists e outras publicações.
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