Navegar nas imagens, sons e palavras (suas e de outros) na procura de um mundo mais solidário,mais justo e determinado a vencer os ventos da intolerância.Navegar, atento às ondas que destroem terras e gentes em nome de "valores" civilizacionais duvidosos. Aportar, apesar das marés que provocam os medos e empurram as consciências para o exilio na sua própria pátria
Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL
Num momento de grande contraste entre as promessas do passado e as condições realmente existentes, o que está em jogo é o “fenecimento do Estado”, uma vez que, apesar de dominar o parlamento, o capital é uma força “extraparlamentar por excelência”.(Mészáros)
Como a designação sugere, este é um projecto online, aberto a quem quiser acrescentar uma expressão ou palavra. Não há, contudo, garantia absoluta de que a palavra inserida entre para as mais de seis mil entradas do dicionário, já que antes disso há uma selecção por parte do professor da Universidade do Minho (UM).
Além de todo o tipo de calão, do mais educado ao mais carroceiro, este dicionário também está aberto a piropos e provérbios adulterados. Sendo uma actividade mais de gosto do que de rigor, o professor da UM refere que existem significados que “podem ser melhorados”.
A língua está em constante mutação e reunir expressões idiomáticas e calão é um trabalho “de uma vida”, nota João Carlos Brito. (Excertos e imagem daqui)
EXEMPLO RETIRADO DO DICIONÁRIO DE CALÃO:
O cariz internacionalista do povo português é inegável. Senão vejamos: - Se tem um problema para ultrapassar ... diz que se vê grego; - Se alguma coisa é difícil de compreender ... diz que é chinês; - Se trabalha de manhã à noite ... diz que é um mouro; - Se tem uma invenção moderna e mais ou menos inútil... diz que é uma americanice; - Se alguém mexe em coisas que não deve ... diz que é como o espanhol; - Se alguém vive com luxo e ostentação ... diz que vive à grande e à francesa; - Se alguém faz algo para causar boa impressão aos outros ... diz que é só para inglês ver; - Se alguém tenta ”regatear”o preço de alguma coisa ... diz que é pior que um marroquino; Mas quando alguém faz asneira ou alguma coisa corre mal ... diz que é à Portuguesa!!!!
De forma contraditória, Obama disse que apoia a transição de poder na Líbia, que isso "não vai acontecer da noite para o dia", mas que não é objectivo da intervenção a alteração de regime na Líbia, e sim proteger os civis.
"É verdade que os EUA não podem usar seu poderio militar contra todos os problemas do mundo, por isso tivemos que pesar e medir nossos interesses, e não era do nosso interesse nacional que Gaddafi retomasse o poder em Benghazi [reduto dos rebeldes].(Folha.com)
Conscientes dos riscos e dos custos de uma acção militar, estamos naturalmente reticentes face ao uso da força para resolver os problemas mundiais. Mas quando os nossos interesses e os nossos valores são ameaçados, temos a responsabilidade de agir", disse.
"Foi o que aconteceu na Líbia", acrescentou, durante uma alocução televisiva na Universidade de Defesa Nacional em Washington, sublinhando que "há gerações que os Estados Unidos desempenham um papel único na segurança mundial e na defesa da liberdade". (Jornal de Noticias)
Todos os dias os ministros dizem ao povo: como é difícil governar!
Sem os ministros o trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Sem o ministro da Propaganda Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida.
Sem o ministro da Guerra nunca mais haveria guerra.
Se o operário soubesse usar a sua máquina e se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas, não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida é que há necessidade de alguns tão inteligentes.
Ou será que governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira são coisas que custam a aprender?
Bertold Brecht (fragmentos de um poema, retirado daqui )
Um exemplo recente dessa censura disfarçada foi o silêncio sobre as manifestações populares que mobilizaram centenas de milhares de pessoas por várias semanas em Madison, a capital do importante estado americano de Wisconsin.
Ao mesmo tempo em que sociedades autoritárias explodem no Oriente Médio, fruto de mobilizações populares – com ampla, mas selectiva, cobertura da grande média ocidental –, trava-se na mais poderosa democracia do mundo a primeira de uma série anunciada de batalhas entre sindicatos de trabalhadores do serviço público e governos estaduais. Os próximos estados serão Ohio, Michigan, Iowa e Indiana. ( excertos dum texto de Venício Lima, no Carta Maior)
Um dos maiores crimes contra os direitos humanos do século XX, entretanto, ocorreu sob os olhos indiferentes da comunidade internacional, sem que a ONU adoptasse quaisquer medidas. Em 1994 Ruanda, país sem qualquer importância estratégica cravado no coração da África, foi palco de um genocídio perpetrado durante 100 dias por radicais hutus contra tutsis e hutus moderados, resultando na morte de cerca de um milhão de pessoas. Os principais acusados pela indiferença são os mesmos que aprovaram a resolução do Conselho de Segurança contra a Líbia, ou seja, EUA, França e Grã-Bretanha, além da Bélgica. O Bahrein, por sua vez, está sendo palco dos mais graves protestos da maioria xiita contra a elite sunita desde a década de noventa, que pede o fim da monarquia e a garantia das liberdades democráticas. Nesse caso, não se aventou a possibilidade de discutir a situação no âmbito das ONU, apesar da ocupação do país por tropas da vizinha Arábia Saudita e dos Emirados Árabes. O detalhe que faz a diferença, é que o micro estado abriga a V Frota dos EUA responsável por vigiar o petróleo no Golfo Pérsico. A situação no Iémen, da mesma forma, não mereceu atenção ocidental. A política externa de Barack Obama, portanto, coincide na essência com aquela de George Bush. Coincidência ou não, a conduta da ONU também difere diante de situações similares, e a lei internacional é aplicada com mais ou menos rigor de acordo com a conveniência. Dois pesos, duas medidas. (excertos duma análise de LARISSA RAMINA)
A aprovação da Resolução 1973 pelo Conselho de Segurança da ONU foi uma ruptura com o direito internacional. Ela foi possível graças à capitulação da Rússia, da China, do Brasil e dos demais países que ali se abstiveram.
A ONU nunca se preocupou com os palestinos massacrados em Gaza pela entidade nazi-sionista, nunca se incomodou com as ditaduras terroristas que mataram milhares de cidadãos na América Latina, nunca fez o mínimo gesto contra as ditaduras que escravizam emirados árabes, nada fez nem faz pelas mulheres oprimidas da Arábia Saudita, nunca disse uma palavra contra a selvageria da tropa da NATO que massacra indefesos camponeses afegãos, nunca se manifestou contra os drones que assassinam velhos, mulheres e crianças no Paquistão. Não foi preciso a ONU para que os povos tunisino e egípcio se desembaraçassem de ditadores que haviam sido financiados e armados pelo ocidente.
O lucro pesa mais do que a vida. Governos são corrompidos. Informações vitais, sonegadas. Emissoras de TV, coagidas a calar denúncias.
E assim, o país mais castigado até hoje por bombardeios atómicos agora se vê ameaçado de passar por horrores semelhantes em função de um mais do que previsível acidente nuclear.
Se é discutível a operação de centrais nucleares nos mais remotos desertos, sua instalação em áreas povoadas só pode ser qualificada como um crime contra a humanidade.
E pensar que, sob o primado da ganância, ainda se maximizaram os riscos para que as companhias energéticas multiplicassem seus ganhos!
O capitalismo há muito deveria ter sido substituído por uma forma de organização da sociedade fundada na cooperação entre os homens para a promoção do bem comum -- única possibilidade de sobrevivência da humanidade num planeta superpovoado e com recursos naturais finitos (excertos duma análise de Celso Lungaretti)
Que o professor jubilado Aníbal Cavaco Silva nunca tenha dito uma palavra contra a ditadura do "Estado Novo" e justifique isso por não ser um menino rico e não se poder dar a esses luxos, revela-nos um cobardolas como muitos milhares, capaz de esconder essa característica por detrás da desvalorização e insulto aos que não se calaram. Que, para aceder a um emprego, tenha escrito preto no branco estar em consonância com o regime vigente …
O rei do Bahrein, Hamad Bin Isa Al Khalifa, acaba de decretar estado de emergência por três meses. O regime delegou plenos poderes ao comando militar para reprimir manifestantes que exigem a abertura democrática e fim da monarquia ditatorial.
O decreto-lei marcial - lido na televisão estatal do Bahrein - veio se somar à ocupação do país pelas tropas da Arabia Saudita para combater manifestações que a monarquia já não consegue mais conter. Os choques prosseguem. Um sargento saudita das tropas de ocupação, Ahmed al-Raddadi, teria sido morto a tiros hoje na capital do Bahrein, Manama.
A lei marcial militariza completamente o país que serve de estacionamento para a 5º Frota norte-americana e funciona como sentinela avançada do petróleo saudita --uma das principais fontes de abastecimento do Ocidente.
Horas antes do anúncio da lei marcial, a capital ficou deserta. Escolas e estabelecimentos comerciais foram fechados; as rodovias, bloqueadas. Desde Bush, os EUA consideram Bahrein seu principal aliado fora da OTAN.
Para nós, admitir que deixamos um pequeno grupo roubar praticamente toda a riqueza que faz andar nossa economia, é o mesmo que admitir que aceitamos, humilhados, a ideia de que, de fato, entregamos sem luta a nossa preciosa democracia à elite endinheirada. Wall Street, os bancos, os 500 da revista Fortune governam hoje essa República – e, até o mês passado, todos nós, o resto, os milhões de norte-americanos, nos sentíamos impotentes, sem saber o que fazer. Ninguém saiu às ruas. Não houve revolta. Até que...começou! Em Wisconsin!
Hoje, 400 norte-americanos têm a mesma quantidade de dinheiro que metade da população dos EUA, somando-se o dinheiro de todos.
Vou repetir. 400 norte-americanos obscenamente ricos, a maior parte dos quais foram beneficiados no ‘resgate’ de 2008, pago aos bancos, com muitos triliões de dólares dos contribuintes, têm hoje a mesma quantidade de dinheiro, acções e propriedades que tudo que 155 milhões de norte-americanos conseguiram juntar ao longo da vida, tudo somado. Se dissermos que fomos vítimas de um golpe de estado financeiro, não estamos apenas certos, mas, além disso, também sabemos, no fundo do coração, que estamos certos. O artigo é de Michael Moore, que pode ser lido na íntegra aqui
O protesto contra a precaridade, uma iniciativa de 4 jovens no Facebook, deu lugar a uma manifestação na qual desfilaram várias gerações, partilhando a ideia de que “o país está à rasca. Este primeiro ensaio ao qual aderiram milhares de cidadãos representa, nas palavras de Paula Gil, da organização, " o primeiro passo para uma democracia participativa em Portugal".
«O povo calado será sempre enganado» «O povo unido jamais será vencido» entoara -se pelas ruas da cidade de Coimbra.
Nas ruas de Ponta Delgada, animada pela música de Zeca Afonso, dos Homens da Luta e dos Deolinda, reuniram-se várias gerações.
O MURPI (Movimento Unitário de Reformados Pensionistas e Idosos) participou na manifestação, considerando que a "geração dos avós" também está "à rasca".
E agora? Questionavam-se muitos? em Coimbra, por exemplo, está marcado já para terça-feira, pelas 21h30, um plenário, no Centro Cultural D. Dinis, para quem queira,dar o seu contributo para «um caderno de reivindicações e soluções para as mesmas».(Diário de Coimbra)
Os comentadores cá da Praça, os arrivistas de todas as cores, apressaram-se a estabelecer conotações com partidos e com movimentos na perspectiva de adulterarem uma manifestação autónoma e independente. Leia o Manifesto aqui.
Estão previstas manifestações para sábado, em Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guimarães, Leiria, Lisboa, Ponta Delgada (Açores), Porto e Viseu.
Adenda: Principais líderes do manifesto ‘Geração à Rasca’ foram investigados pelas polícias. SIS e PSP vão controlar e vigiar onze manifestações de amanhã.(Correio da Manhã)
Localizações dos protestos
Braga - Avenida Central, junto ao chafariz Castelo Branco - Alameda da Liberdade (Passeio Verde) Coimbra - Praça da República Faro - Largo S. Francisco Funchal - Praça do Município Guimarães - Largo da Oliveira Leiria - Fonte Luminosa Lisboa - Avenida da Liberdade > Praça Luís de Camões Ponta Delgada - Portas da Cidade Porto - Praça da Batalha > Praça D. João I Viseu - Rossio, em frente à Câmara Municipal
Será que o que temos por aqui não passa de uma pseudo democracia? Por lá, as coisas continuam: Tunísia, Egipto, Jordânia, Argélia, ao passo que por aqui também continuam... em silêncio. (Diego Coletti Oliva)
'Se o garoto palestino que protesta contra a ocupação jogando pedras é 'terrorista', devemos considerar campeão da luta contra o terrorismo o soldado israelita que o mata a tiros? Não se trata de um exemplo imaginário. Uma advogada israelita, empenhada em defender os palestinos, conta sobre um 'menino de dez anos morto perto de um checkpoint à saída de Jerusalém por um soldado contra o qual tinha apenas jogado uma pedra''. (a linguagem do Império de Domenico Losurdo,)
Na imagem, uma frota da NATO, diante do litoral líbio, nada tem a ver com a democracia!
Três objectivos, nada altruísticos, mas muito ligados entre si: enquadrar a revolução árabe; assegurar o suprimento de petróleo; conter o fluxo de imigrantes, podem ser o pretexto para uma acção militar externa comandada pelos EUA!
Uma intervenção militar baralharia o jogo. Favorecidos pela brutalidade de kaddafi, os Estados Unidos tentariam apresentar-se novamente como agentes de uma “intervenção humanitária”.
“O Império tenta enquadrar a revolução“ é uma análise de António Martins, que pode ser lida aqui
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